sexta-feira, 31 de julho de 2009

A verdade vem sempre ao de cima !

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Uma oposição realista não chega

Manuela Ferreira Leite, e bem, já enunciou claramente quais os riscos de manter tanto uma dívida pública como uma dívida externa a níveis insustentáveis para o futuro do país. É essencial falar verdade sobre este assunto que irá certamente influenciar as condições de vida dos portugueses das gerações mais novas. No domínio da dívida externa, o panorama é negro. De um país de génese industrial/agrícola, de clusters específicos relevantes, de exportação de produtos manufacturados, cada vez mais nos deslocamos para um país terciário, focado em serviços imobiliários, turismo, banca e seguros. Cada vez mais temos licenciados em marketing, direito, gestão hoteleira, recursos humanos, e menos engenheiros, biólogos, matemáticos.

Uma análise atenta e realista ao nosso país e verificamos que não temos clusters no sector automóvel, nos textêis, nas infraestructuras de telecomunicações, nas energias renováveis, na saúde. Em todas estas áreas, há sempre um ou mais países europeus com uma cadeia de valor sectorial mais integrada, desenvolvida e preparada para os desafios de futuro. Se queremos ser um país que apenas aposta na etapa final da cadeia de valor, a distribuição, então estaremos completamente dependentes de orientações externas que nos reduzem a um país sem poderes nos palcos internacionais.

Se o PSD se quer afirmar para vencer as eleições, tem de apresentar um programa revolucionário e pessoas de enorme coragem política. Não basta dizer qual o caminho a não seguir. Tem de o indicar e de se preparar para reformar o que em Portugal parece irreformável: a educação, a justiça e o sistema político.


terça-feira, 28 de julho de 2009

Nivelamento por baixo





segunda-feira, 27 de julho de 2009

Capacidade científica e técnica: um VALOR esquecido - actualmente - em PORTUGAL


“Richard Florida mostrou, no artigo The World is Spiky publicado na revista The Atlantic Monthly, que existe uma correlação forte entre a actividade económica e a produção de propriedade intelectual.”

ANTÓNIO CÂMARA, VOANDO COM OS PÉS NA TERRA, 2009, BERTRAND EDITORA.


À esquerda, tudo muito instável


A notícia da esfera política nacional mais relevante dos últimos dias foi a acusação, por parte do líder do Bloco de Esquerda (Francisco Louçã), de que Joana Amaral Dias teria sido convidada para integrar as listas socialistas como independente. O PS veio, entretanto, através do seu porta-voz desmentir categoricamente esta informação.

Independentemente da veracidade (ou não) do que foi mencionado, trata-se indubitavelmente de um episódio que ilustra à saciedade a total incapacidade de coexistência entre elementos dos dois partidos num possível futuro Governo. Cada vez mais, parece clara a impossibilidade de existir qualquer solução governativa estável à esquerda.


sábado, 25 de julho de 2009

Sem abrigo







A propósito dum comentário (aconselho a sua leitura), neste post, resolvi ir ver se ainda existiam habitantes no lago (está prevista a sua destruição e a construção de umas coisas) do Pavilhão dos Desportos (onde existia o antigo Palácio de Cristal) e deparei-me com a situação que se ilustra nas imagens. Não sou biólogo nem tratador de animais, não sei se o lago já está a ser destruído ou se está a ser lavado, mas fiquei chocado com o que vi. Com tantas carências na cidade do Porto (trânsito caótico e mal gerido; obras do "Porto 2001" por rectificar; metro lento e com uma extensão insignificante; praias poluídas; ciclovias com uma extensão muito reduzida; ausência de um pavilhão multiusos, semelhante ao que existe em Lisboa; etc.) haverá alguma necessidade de desperdiçar recursos a alterar este local?

Já não bastou o erro que foi demolir o Palácio de Cristal original?


sexta-feira, 24 de julho de 2009

PlayList


quarta-feira, 22 de julho de 2009

WAY OUTS FOR GIRLS !


terça-feira, 21 de julho de 2009

Musicalidades II - Sétima Legião


Apesar de ser de uma geração posterior, vale sempre a pena recordar as excelentes músicas da Sétima Legião - um dos nomes incontornáveis da música contemporânea Portuguesa. Fazem falta nos dias que correm grupos com esta qualidade, quer em termos de densidade musical, quer no conteúdo lírico.

Deixo um breve excerto do excelente artigo biográfico acerca da 7ª.

"A história da Sétima Legião começou há cerca de 18 anos, quando alguns amigos se juntaram para criar uma banda que conquistou um segundo lugar num "anónimo concurso de música moderna". Posteriormente seguiu-se a edição do disco "A um Deus Desconhecido", em 1984, mas foi em 1987, com a edição de "Mar de Outubro", que ficou definitivamente lançada a carreira de um dos grupos mais emblemáticos da música portuguesa deste final de século.

Constituída por oito elementos (Rodrigo Leão, Pedro Oliveira, Nuno Cruz, Gabriel Gomes, Paulo Marinho, Ricardo Camacho, Paulo Abelho e Francisco Menezes), a Sétima Legião foi, a par de outros grupos como os Trovante, uma verdadeira incubadora de talento durante os anos 80. Não admira por isso que alguns dos seus músicos tivessem depois participado em projectos musicais de sucesso como os Madredeus (Rodrigo Leão e Gabriel Gomes), Danças Ocultas (Gabriel Gomes, como produtor), Gaiteiros de Lisboa (Paulo Marinho) e o próprio projecto a solo de Rodrigo Leão que por vezes conta também com a participação de Pedro Oliveira.

A música da Sétima Legião sempre foi difícil de definir. Pop? Popular? Tradicional? Talvez um pouco das três. Ao mesmo tempo que encontramos canções marcadamente pop, conseguimos também achar temas instrumentais que têm mais de tradicional, ou mesmo outros temas que misturam na perfeição estas componentes. A esta mistura de estilos não será indiferente o amor que alguns elementos da banda têm por instrumentos mais tradicionais como a gaita de foles (Paulo Marinho) ou o acordeão (Gabriel Gomes)"

Fonte: http://www.attambur.com/OutrosSons/Portugal/historia_da_setima_legiao.htm


segunda-feira, 20 de julho de 2009

PORTUGAL e USA - PIONEIROS NAS DESCOBERTAS DE NOVOS ESPAÇOS








sábado, 18 de julho de 2009

Negociatas e favores - estilo PS


A regra número 1 dos nossos governantes deveria ser interceder sempre, em qualquer situação, pelo interesse público. Infelizmente, temos diversos casos ao mais alto nível que vão na direcção oposta. A decisão de alargar a licença de exploração do terminal de contentores de Alcântara a uma empresa da Mota Engil (presidida por Jorge Coelho), Liscont, por um período de 27 anos é, segundo o Tribunal de Contas, altamente ruinosa para o Estado. Sobre essa negociata, queria deixar alguns comentários:

1) Atribuir uma licença de enorme relevância por um período considerável (27 anos) sem concurso público não é uma decisão ingénua ou protocolar. É uma decisão propositada destinada a favorecer uma empresa que intercedeu junto do Estado. É um processo altamente duvidoso que inclusivamente levou o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, por via de Maria José Morgado, a investigar os contornos da atribuição da concessão.

2) Custa-me muito ter um presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, que segue uma linha partidária muito rígida e por isso não se pronuncia sobre esta questão. Não se pronuncia porque lhe falta independência em relação aos seus pares, tem ambições políticas nesse partido, não quer perder o apoio para a presidência da câmara, ou muitas outras razões menos claras. É de questionar se o que é melhor para o PS é melhor para a cidade de Lisboa?

3) Em oposição ao silêncio conivente do presidente da câmara de Lisboa e do Governo sobre este caso, o Tribunal de Contas cumpriu a sua função. É ainda maior o destaque deste chumbo se considerarmos que o Tribunal de Contas é dirigido por um socialista, Guilherme de Oliveira Martins, que tem mantido uma postura salutar e isenta na sua função (considerada a postura correcta noutro país ocidental que não Portugal). O chumbo do Tribunal de Contas não seria suficiente para revogar a atribuição da licença e iniciar um concurso público independente?

4) Devemos elogiar quem mantém a independência e isenção face às pressões do poder político que um cargo público de topo exige. Guilherme de Oliveira Martins, por oposição a Vítor Constâncio e António Costa, merece essa distinção.


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Qualidade de vida, inteligência e bom gosto




Os proprietários de jardins - com áreas de terreno fortemente arborizadas - deveriam estar isentos do pagamento de quaisquer taxas/impostos municipais, relativos a essas áreas. Deveriam também, no caso de médios/grandes jardins, ser homenageados por não os terem urbanizado.


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Olhar para o futuro


Agora que estamos a praticamente 2 meses das eleições legislativas, penso ser a altura adequada para fazer uma reflexão acerca dos temas importantes que a meu ver deverão ser discutidos a sério durante a campanha eleitoral.
Existem 4 áreas governativas que considero da maior importância possível e em relação às quais qualquer Governo vindouro deverá ter respostas à altura: política orçamental, justiça, educação e saúde/políticas sociais. Olhemos então o futuro.

Este é o primeiro de 4 posts nos quais abordarei cada um dos temas.

Política Orçamental

Partindo de uma situação de défice orçamental relativamente elevado, o próximo Governo não terá certamente grande margem de manobra para aumentar as despesas sem intervir simultaneamente na área fiscal.

Penso que o caminho deverá ser o de deixar os estabilizadores automáticos macroeconómicos funcionarem (em alturas de crise económica existe uma tendência natural para o aumento dos subsídios desemprego, pensões e outras medidas de acção social). Existem certas camadas da população que passam por sérias dificuldades e o Estado tem o dever de auxiliar essas pessoas. Mas há que, paralelamente, melhorar os mecanimos de controlo da forma como os subsídios são atribuídos, por forma a não aumentar esse fenómeno de seu nome “subsídiodependência”.
No que concerne ao investimento público, exige-se muita parcimónia nos gastos. Considero que obras como a do TGV, aeroporto e certas concessões rodoviárias deverão ser adiadas, pois não me parecem prioritárias no contexto actual. Ao contrário, parece-me urgente a aposta na remodelação e modernização do parque escolar e hospitalar.

Do lado da receita, foco a minha atenção em duas vertentes:

(I) Por um lado é imperativo que a carga fiscal em Portugal não aumente, por forma a aumentar o rendimento disponível das famílias e criar condições para a competitividade empresarial. Já é altura de diminuir o verdadeiros “labirinto jurídico” que são os nossos códigos de IRS, IRC, IVA, Imposto de Selo e afins, agilizando procedimentos e regras.
Ao nível do IRC seria interessante criar mais incentivos para a fixação de empresas no interior do País e nas zonas mais desfavorecidas. Paralelamente, todo o modus operandi do PEC (Pagamento Especial por Conta) deve ser reformulado, pois não se entende como é que numa altura em que muitas empresas têm problemas de liquidez o Estado as obriga a fazerem adiantamentos avultados de dinheiro face a resultados que posteriormente se vêm a verificar negativos.

(II) Em termos de receitas extraordinárias, o Estado tem um problema entre mãos. A sua maior fonte deste tipo de rendimentos advém normalmente das privatizações de empresas públicas através de IPO´s e aberturas de capital subsequentes mas no momento actual dos mercados de capitais essa opção não se revela muito vantajosa do ponto de vista financeiro. Não será crível, portanto, que no muito curto prazo assistamos a operações deste cariz em empresas como a Galp, TAP, ANA, etc.

De tudo isto que foi dito resulta que o próximo Governo terá que gerir equilíbrios orçamentais débeis, tendo como escapatória mais fácil a emissão de maior dívida pública. O problema é que temos assisitido a uma escalada da mesma (dívida pública) ao longo dos últimos anos - de acordo com as previsões apresentadas na segunda-feira pela Comissão Europeia, o rácio da dívida pública portuguesa poderá passar dos 66,4 por cento do PIB registados em 2008 para 75,4 por cento este ano e para 81,5 por cento em 2010.
Sob pena de estarmos a hipotecar as gerações futuras, penso que o recurso à emissão de dívida pública deverá ser a última opção a tomar, sobretudo agora que o rating da República Portuguesa sofreu um downgrade por parte de algumas agências de notação de risco (levando o aumento do custo a suportar em juros futuramente).

Pede-se, portanto, muito rigor e realismo na elaboração da política de investimentos públicos.


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Europa - o caminho possível


A assinatura do acordo entre a UE e a Turquia com o objectivo de construir o pipeline de gás proveniente do Médio Oriente e do mar Cáspio, passando pela Turquia, é da maior importância para a Europa. Definitivamente, está na altura da Europa deixar de ter medo da reacção da Rússia e assumir os seus destinos por si mesma. A construção deste pipeline de gás não só permite uma redução da dependência energética da Europa face à Rússia, como revela a importância da Turquia pela sua localização geográfica e pela necessidade de a médio-prazo este país se integrar como membro pleno da União Europeia. Não só devemos, como europeus, contribuir para uma aproximação da Turquia como membro da Nato e grande país muçulmano à União Europeia, como devemos igualmente reconhecer potenciais aliados militares estratégicos para um futuro próximo. A construção deste pipeline certamente contribuirá para a Europa se libertar de velhos dogmas e integrar potenciais aliados no seu modelo civilizacional.


ASAE



Perante os ataques de que a ASAE tem sido alvo, informo os seus atacantes de que: se gostam de comer alimentos em putrefacção, ingerir fezes, de se alimentar em locais imundos, etc. , estejam à vontade, mas não obriguem os outros a fazê-lo.

Aqui fica a transcrição de um texto que publiquei neste blog em 8 de Janeiro de 2008:

«Num país em que praticamente todas as entidades adoptaram o nivelamento por baixo como modo de estar, existe uma salutar excepção, apesar de muito atacada, que dá pelo nome de ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica).
É próprio da condição humana criticar, mas devemos ter a inteligência de o fazer se com isso acrescentarmos algo de construtivo à realidade em que vivemos.
É característico das sociedades mais avançadas tecnologicamente possuírem um grande número de normas, sendo disso exemplo a união europeia; elas integram conhecimentos e experiências (acumulados e aperfeiçoados ao longo dos anos), que permitem, na sua aplicação prática, a uma sociedade aproveitar os seus recursos de forma eficiente e, em última análise, que esta se distinga da barbárie. Não devemos ter medo das normas sobretudo quando elas são utilizadas por técnicos devidamente instruídos.
Pelo contrário, na esfera do privado, aí sim, deveria haver uma grande simplificação que permitisse libertar o indivíduo de papeladas e procedimentos inúteis, ou seja, tempo perdido.
Para terminar, e voltando à ASAE, com a alimentação deverá proceder-se de forma intransigente; de acordo com uma notícia publicada no semanário Sol de 29/12/2007, todos os anos morrem 5000 pessoas nos EUA e 1,8 milhões de pessoas no mundo devido a infecções alimentares.»


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Política à Portuguesa



“O Ministério Público prepara-se para investigar a prorrogação por 27 anos do contrato de exploração do terminal de contentores de Alcântara, concedida em Outubro de 2008 pelo Ministério das Obras Públicas à Liscont


Fonte: Jornal de Negócios on-line, 13 de Julho 2009


Parece que temos mais um negócio mal-explicado entre mãos.

Na sequência de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas, o Ministério Público estará a preparar-se para levar a cabo uma investigação acerca do negócio supracitado, exisitindo indicações preliminares de que os interesses do Estado não terão sido salvaguardados.

O Ministro, em sua defesa, alegou que “o Governo tinha três opções: rescindíamos o contrato em execução, indemnizando o concessionário e abrindo um novo concurso, ou atrasávamos o processo, esperando pelo fim da concessão, mas assim haveria uma perda de competitividade do Porto de Lisboa. Ou então fazíamos uma negociação com vista ao prolongamento do contrato. Na comparação das três soluções, esta foi inequivocamente a que melhor defendia o interesse público".

Ora, o que me faz ficar de pé atrás em relação a esta explicação são dois factos:

• Trata-se [a Liscont] de uma empresa pertencente ao Grupo Mota Engil, a qual é dirigida pelo socialista Jorge Coelho;

• A extensão da concessão foi feita sem concurso público, tendo por base projecções económicas duvidosas.

Aguardamos desenvolvimentos...


GNR ao vivo na CASA DA MÚSICA - PORTO 2009
















sexta-feira, 10 de julho de 2009


Publicidade do Circuito Internacional do Porto de 1951.


Engenharia de Transportes e Vias de Comunicação na Cidade do Porto I





Nas grandes cidades, em virtude da elevada concentração de pessoas, equipamentos, veículos, etc., o espaço tem de ser alvo de uma gestão criteriosa e inteligente, baseada sobretudo no designado de "grau de utilização".

No caso ilustrado - Rua 31 de Janeiro -, localizada no centro histórico da cidade do Porto, onde anteriormente existia um comércio pujante, estacionamento, locais de cargas e descargas, etc., existe agora um passeio larguíssimo (face ao volume de tráfego de peões) sem qualquer utilidade, lojas fechadas, carris de um eléctrico fantasma, comerciantes desesperados a efectuarem as descargas de mercadorias com os veículos em cima do passeio (ver imagem), pavimentos a abater, etc..

Já é tempo dos políticos saberem que existe uma ciência que dá pelo nome de engenharia de Tráfego / Vias de Comunicação.


Estimular a economia Nacional



A reformulação total do IRS é uma das propostas do grupo de trabalho que foi criado, em Janeiro, pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF), para estudar as políticas fiscais e a eficiência do sistema. Em causa está a criação de uma taxa única de IRS (flat rate), apontada como a sugestão mais radical, ou a redução dos actuais sete escalões de rendimento. Em qualquer das propostas, o objectivo é simplicar o actual modelo e garantir mais competitividade. A ideia é que a classe média venha a beneficiar de uma reforma do IRS, onde se propõe também rever o actual regime de deduções à colecta, apurou o Semanário Económico.

Fonte: Diário Económico, 6 de Junho 09

Numa altura em que o crescimento do PIB em Portugal é negativo, aliado ao facto dos principais mercados-destino das nossas exportações estarem a atravessar uma situação complicada (mesmo no caso de Angola, em que a quebra do preço do petróleo levou a uma forte diminuição das receitas por parte do Estado) urge estimular a procura interna.

Se pela via do consumo público a margem de manobra não é muito grande – visto termos uma situação orçamental muito fragilizada – já quanto ao consumo privado algo pode ser feito. E uma das melhores medidas a aplicar para estimular a nossa economia seria aumentar o rendimento disponível da generalidade das famílias, através de uma uniformização fiscal em sede de IRS com a introdução de uma flat rate.

Uma medida que este Governo já poderia ter tomado há algum tempo...


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Mais um péssimo exemplo...



Partido Socialista mostrou-se contra a criação de uma nova comissão de inquérito ao caso BPN proposta hoje pelo CDS-PP. A proposta do CDS-PP mais não é que uma vingança pessoal contra o dr. Vítor Constâncio" por o Banco de Portugal ter feito um relatório, no início da legislatura, em que concluía que o ex-ministro do Governo PSD/CDS-PP Bagão Félix "tinha um défice superior a 6%", afirmou vice-presidente da bancada do PS, Ricardo Rodrigues.

Fonte: Diário Económico, 9 Julho 2009


O que dizer acerca destas afirmações? Mais uma vez se comprova que Portugal se trata de uma “República das Bananas” no que à Justiça diz respeito e que o Partido Socialista não olha a meios para manter imaculada a reputação do Governador do Banco de Portugal.

De salientar o excelente trabalho levado a cabo pelo deputado Nuno Melo e a forma equilibrada como Maria de Belém geriu os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BPN.


quarta-feira, 8 de julho de 2009

Musicalidades


Os Arctic Monkeys revelaram na semana passada o primeiro single do seu novo álbum, de seu nome “Humbug”. A canção chama-se "Crying Lightning" e foi apresentada no programa de Zane Lowe na BBC Radio.

Produzido por Josh Homme (dos Queens of the Stone Age), Humbug é sem dúvida um dos álbuns mais aguardados de 2009 e, de acordo com a banda, terá influências de Cream e Jimi Hendrix.

Já agora, seria interessante que viessem a Portugal dar um concerto em nome próprio, de preferência no Coliseu dos Recreios ou Campo Pequeno. Ainda mantenho bem vivas as memórias do excelente concerto que nos proporcionaram em 2007.


terça-feira, 7 de julho de 2009

Ética


I. Nos últimos tempos temos sido bombardeados por diversas situações menos claras e lícitas no domínio da gestão empresarial, tanto em Portugal como noutros Países.
Todos nós certamente estaremos recordados dos casos mais longínquos da Enron, Parmalat e Worldcom e, mais recentemente, da falência de diversos bancos, uns verdadeiramente globais, outros com um cunho maioritariamente regional/local.
Na nossa praça, os chamados casos BCP, BPP e BPN vieram, ainda que por diversas razões, lançar um anátema sobre todo o sistema financeiro, nomeadamente no que diz respeito à honorabilidade e credibiliadde da alta direcção das instituições.

II. O primeiro ponto que pode ser analisado é a questão da falha existente no sistema de auto-regulação, porquanto ao longo de diversos anos auditores internos, Conselhos de Supervisão e Regulação, Administradores não-executivos foram incapazes de pôr cobro a fraudes praticadas nas organizações. Urge criar sistemas efectivos de Corporate Governance que permitam haver uma real separação entre as funções executivas e de supervisão, por forma a tornar mais fácil assegurar a transparência e veracidade da informação prestada aos diversos stakeholders (clientes, fornecedores, accionistas, Estado e público em geral).

III. Por outro lado, pode (e deve!) questionar-se por que razão os auditores externos e entidades de supervisão do mercado (SEC nos EUA, Banco de Portugal e CMVM em Portugal, FSA no Reino Unido, etc.) não tiveram um papel mais pró-activo em desafiar a informação que lhes era fornecida pelas diversas instituições. No caso particular dos auditores, parece claro que em alguns casos o interesse de manter milionários contratos de assessoria se sobrepôs ao dever de divulgação ao mercado da real situação financeira das empresas.

IV. Acredito que um sistema de incentivos diferente (com menos recurso a indicadores de curto prazo como base de cálculo de prémios dos administradores, em detrimento de políticas sustentáveis de criação de valor a médio/longo prazo) possa ser um primeiro passo para a mitigação do risco de futuras situações menos claras. Mas acredito ainda mais num outro valor, menos tangível mas muito mais poderoso e eficaz – a ética.

P.S: Esta foi a minha estreia no “Vantagem Comparativa”, esperando que seja a primeira de muitas contribuições da minha parte. Agradeço o convite que me foi feito pelo Gonçalo e pelo Nuno.


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Novidades

No rescaldo do 2ºaniversário do Vantagem Comparativa, um blog a caminho da maturidade mas ainda com muitos planos a cumprir, anuncio a entrada de um novo elemento. O Ricardo Nunes traz para o Vantagem Comparativa exactamente o que se espera: política e economia pura, astúcia na crítica, isenção na opinião e marcação cerrada ao estado de inércia e entropia em que o país se encontra. Conto com ele para alargar o espaço de opinião e discordar sempre que o entender, confiando na qualidade e fundamento dos seus argumentos.


Agora, mais do que nunca, é necessário dar o mote e intervir.


Bom gosto



Avenida dos Aliados, localizada na cidade do Porto, noutros tempos...


sexta-feira, 3 de julho de 2009

2º Aniversário Vantagem Comparativa




quarta-feira, 1 de julho de 2009

Prémio Lemniscata




Os prémios valem, sobretudo, pelo valor de quem os atribuiu. Nesta circunstância coube-nos o prazer de recebê-lo da notável Margarida Pereira, do magnífico blog CRIATIVEMO-NOS.

«O selo foi criado a pensar nos blogs que demonstram talento, seja nas artes, nas letras, nas ciências, na poesia ou em qualquer outra área e que, com isso, enriquecem a blogosfera e a vida dos leitores.»

Não é fácil a escolher apenas sete, pelo que um dos critérios foi escolher alguns blogs, porventura, menos conhecidos.

Conforme mandam as regras - do prémio Lemniscata -, aqui ficam os sete escolhidos:


ALBUMINAS E ETC - Pelos tesouros ressuscita.

A NATUREZA DO MAL - A fusão sublime das imagens com as palavras.

ARBORETTO - A união perfeita entre a arte, a ciência e a defesa da natureza.

A SOMBRA VERDE - Pela defesa incondicional das árvores e da natureza.

BLDGBLOG - Absolutamente deslumbrante.

BLOG DE CHEIROS - Pela frescura e imprevisibilidade.

ESTRAGO DA NAÇÃO - Pelo combate em prol de um melhor país.