domingo, 29 de novembro de 2009

Irão e a "soft diplomacy" americana


Mais uma vez, com o anúncio de construir 10 novas centrais nucleares, o Irão mais uma prova que se está completamente nas tintas em relação à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e em relação à Comunidade Internacional. Quem são os grandes culpados desta situação: Rússia e China. Estes dois países, do ponto de vista das suas relações internacionais, consideram que não têm interesse em deter o Irão nas suas ambições nucleares e, talvez um dia paguem muito caro por isso. Talvez um dia estes países se assustem quando na Tchetchenia e na província de Xinjiang vejam a sua soberania completamente minada por uma identidade muçulmana fortíssima baseada numa expansão religiosa e cultural.

Para esta situação também contribui a "soft diplomacy" dos EUA e das Nações Unidas que já se provou que não leva a lado nenhum, a não ser à degradação do respeito que a comunidade internacional tem por qualquer resposta de autoridade do país e da entidade citada. Veja-se a "soft diplomacy" em relação à Coreia do Norte e Venezuela e os resultados que deu.

Infelizmente com este Irão forte temos Hezbollah e não temos um Líbano forte, temos um Iraque instável, temos uma Palestina constituída por grupos extremistas com apoios militares do Irão. Com este Irão forte, não haverá grandes possibilidades de paz no Médio Oriente.
É nisto que a soft diplomacy nos vai levar. Tenho pena.


Valorização do Património Nacional


Um dos aspectos identificativos de um País/Nação tem que ver com o seu património cultural e histórico.

Como tal, trata-se de fulcral importância manter em bom estado de conservação os monumentos nacionais, assim como assegurar condições para que as pessoas (sejam elas Portuguesas ou turistas estrangeiros) possam visitá-los.

Ora, é com particular tristeza que constatamos que, sob imperativos meramente economicistas, muitos locais se encontram fechados aos fim-de-semanas, por falta de recursos financeiros suficientes para pagar aos funcionários. A edição do Expresso deste fim-de-semana destaca os seguintes casos:

Sé Velha e Casa Museu Bissaya Barreto (Coimbra)
Museu da Vila de São Torcato (Guimarães)
Museu Etnográfico Belarmino Afonoso (Bragança)
Casa Fernando Pessoa (Lisboa)
Castelo de Elvas
Castelo de Evoramonte
Sítio Arqueológico de São Cucufate (Vidigueira)
Monumentos Magalíticos de Alcalar (Portimão)
Museu das Flores e Museu da Graciosa (Açores)
Museu Photografia Vicentes (Madeira).

Sem dúvida, uma situação a alterar urgentemente.


Musicalidades V

Deixo hoje duas sugestões musicais completamende dispares entre elas.


Começo pelo indie rock, com o magnífica malha "Meet me on the equinox" dos Death Cab for a Cutie. Faz parte da banda sonora do filme New Moon, o segundo da série Twilight e musicalmente mantém-se fiel aos álbuns anteriores desta banda, com um tibre musical melancólico, aliado a letras sempre erráticas, alternando a confusão, a esperança e a redenção.

http://www.youtube.com/watch?v=kZHRv3rA9Hc


Outra música (esta mais antiga, mas que nunca é demais ouvir) trata-se do tema "Dry your eyes" do projecto The Streets, do rapper Michael Skinner. É interessante ver como bandas mais recentes da cena britânica como Enter Shikari vão beber um pouco da sonoridade vocal dos The Streets, embora com outros acrescentos rítmicos.

http://www.youtube.com/watch?v=NHOf3s70w-c

Boas audições!


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sublime: Lago da Floresta do Mosteiro de Tibães




sábado, 21 de novembro de 2009

Quando a máscara cai...


Sempre considerei Teixeira dos Santos um Ministro bastante competente e sério, possivelmente dos melhores elementos do último executivo. Pois agora, em poucos dias, conseguiu perder todo esse capital de confiança e credibilidade acumulados, senão vejamos.


O Governo acaba de apresentar o segundo orçamento rectificativo este ano (apesar de Teixeira dos Santos preferir atribuir-lhe outra designação - "redistributivo"), dando a entender que foi o último agente económico a aperceber-se que há muito as premissas que constituiam a base do anterior Orçamento de Estado já não se verificavam. Seria uma situação completamente patética se não houvesse motivo para pensar que houve um claro esconder da realidade até às eleições legislativas para agora, a posteriori, descobrir o véu. Grave demais.


E o caso ainda piora de figura quando desde o Verão havia sinais de que a dívida pública estaria no limite superior do autorizado pelo orçamento aprovado, ainda que fontes do IGCP (Instituto de Gestão do Crédito Público) tivessem vindo a público dizer que "se tratava apenas da normal gestão da carteira de dívida". Acresce a este facto que as receitas fiscais desde o início do ano que tinham vindo a sofrer quebras de 13% face a 2008.


Devemos reflectir todos acerca do facto de, quando se chegar ao final de 2009, o nosso País estar a dever mais €15 mil milhões do que no início de Janeiro, o que se traduz num rácio dívida pública/PIB de cerca de 75% (bem acima dos 60% impostos pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento).



P.S: Parece que Vitor Constâncio já terá descoberto a "cura para todos os males", ao ter afirmado ontem que é necessário aumentar a captação de receitas. Portanto, ficámos todos a saber que o Governador do Banco de Portugal defende, na prática, um aumento dos impostos. Há que rir, para não chorar...


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Engenharia de Transportes e Vias de Comunicação na Cidade do Porto II







Rua de Aviz - Porto

Será que, agora, as cargas e descargas têm de ser efectuadas de helicóptero?


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Portugal no Mundial da África do Sul 2010


Num dia como o de hoje, não há muito para dizer.

PARABÉNS SELECÇÃO!

P.S.: Emocionante ver os soldados Portugueses no estádio (se é que aquele recinto desportivo é digno desse nome) a festejarem o golo, assim como a satisfação imensa que os nossos emigrantes radicados na África do Sul devem estar a sentir neste momento.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vento desafia a lei da gravidade

Foto de : Steve Poole/Rex Features, jornal The Guardian

Ventos fortes na costa britânica, no passado fim-de-semana.


domingo, 15 de novembro de 2009

Buenos Aires, onde todo o mundo desagua



Acabado de chegar de Buenos Aires, só tenho uma coisa a dizer.

CIDADE FANTÁSTICA.

Um misto de Paris do início do século XX com Nova Iorque moderno e bairros mais tradicionais tipicamente latino americanos.

Tópico a desenvolver brevemente...


The Wire



Terminados os 5 episódios da pouco conhecida (em Portugal pelo menos), mas sobejamente aclamada série "The Wire", agradeço a execução da mesma aos argumentistas, produtores, actores e todos os outros participantes, que tornaram a série um case study de investigação ao crime organizado e tiveram no seu propósito uma noção de serviço público em todo o processo de execução da série (nada como ler a carta aos fans escrita pelo produtor David Simon).

Considero The Wire um excelente walkthrough da investigação criminal americana, ainda mais quando toda a acção se situa numa cidade média americana, Baltimore, que se caracteriza por um declínio acentuado da sua herança de pólo industrial e portuário na altura em que a cidade era fluxo de imigração europeia (irlandeses, italianos, gregos, polacos). A acção desenrola-se tendo como epicentro o tráfico de droga nos bairros problemáticos de Baltimore, onde a população é praticamente só afro-americana, e a investigação do crime organizado por parte dos polícias locais a todas as redes criminosas que actuam nesses bairros, e os mecanismos de investigação utilizados. À volta do principal tema, toda a envolvente política local (nomeadamente, através das campanhas para a eleição do mayor da cidade, toda a extensão da actuação dos lobbies e dos fundraisers e a sua capacidade de influenciar decisões políticas, a influência dos políticos locais na investigação criminal, a influência de questões raciais na conquista de eleições) é analisada em detalhe. Ao mesmo tempo, a investigação criminal é analisada em toda a sua extensão (tendo como base o departamento de homicídios da polícia local) desde a recolha de provas, a selecção dos agentes para investigar o crime, os métodos de investigação (seja através de escutas, interrogatórios, vigias no local), o papel dos advogados na negociação e na defesa acérrima dos seus clientes, o envolvimento dos procuradores públicos na formulação de provas e na constituição do caso, até à decisão do julgamento por parte dos tribunais.

A série The Wire tem um toque especial quando é declaradíssimo o objectivo dos seus criadores de tornar a série o mais realista possível, de analisar a América por dentro, de estudar a interacção entre as várias etnias e o papel delas na sociedade. O 2º episódio é sintomático deste desejo, ao desviar as atenções da tendência afro-americana da série e desviar as atenções para toda a envolvência à volta dos trabalhadores do porto de Baltimore e os seus sindicatos, da igreja ortodoxa, e dos crimes praticados nas alfândegas (nomeadamente no processo de controlo de mercadorias e furto das mesmas). Ao refocar a série na actividade portuária da cidade, a série analisa por dentro as comunidades gregas e polacas, e aí atinge uma dimensão "americana", cumprindo o objectivo declarado pelos seus criadores. De recriar a América e os seus problemas tendo como pano de fundo Baltimore.

Como o nome indica, o papel das escutas na série é determinante no sucesso (e insucesso) da investigação criminal. Múltiplas vertentes e implicações das escutas são tidas em conta: o desafio da legalidade, os limites morais, as técnicas improvisadas, a apresentação das provas em tribunal, etc. Curiosamente, as escutas atingiram claramente os traficantes de droga e as suas redes, mas não foram suficientes para julgar os políticos pelos seus crimes. É interessante e não é de todo ousado identificar uma analogia entre o papel das escutas em The Wire e o que se passa em Portugal no caso Face Oculta e Freeport. Seria interessante perceber até que ponto é possível reunir provas em Portugal e levá-las a tribunal, tal é a dificuldade em formular uma acusação que atinja o status quo em Portugal e perceber onde termina o raio de acção dos orgãos executivos e começa o dos orgãos judiciais. É tudo nebuloso e pouco claro, infelizmente.

Para saber mais de The Wire, recomendo as seguintes leituras na blogosfera nacional:

- Pastoral Portuguesa
-
Minoria Ruidosa
-
Hole Horror

- E o artigo de Rogério Casanova na revista LER intitulado "A melhor série de sempre".


Lisboa by night



Para começar a noite em grande estilo e tendo por fundo uma magnífica paisagem sobre a cidade de Lisboa, recomendo vivamente o Bar/Restaurante do Hotel Sheraton em Lisboa.

Um sítio especial para uma noite especial...


In perpetuam rei memoriam

«O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Noronha de Nascimento, considerou nulas e ordenou a destruição das escutas das conversas entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e Armando Vara, no âmbito da operação “Face Oculta”.»

Fonte: Jornal Público on-line 14.11.2009


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

PlayList



quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Arquitectura paisagista (ao longo dos tempos) na cidade do Porto - III


Praça dos Leões (anteriormente) - Cidade do Porto


Praça dos Leões actualmente


Como "funciona" a justiça actualmente em Portugal


Fonte: jornal Destak de 11 de Novembro de 2009.


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Wow !



segunda-feira, 2 de novembro de 2009

PERGUNTA?


Qual a razão pela qual nas últimas 3 décadas praticamente todas as marcas portuguesas de máquinas (SOREFAME, CASAL, VILAR, OLIVA, UMM, etc.) desapareceram?

Em compensação, Portugal cada vez tem mais recordes patetas no Guiness.

Será que o coeficiente de inteligência dos portugueses está a diminuir?