domingo, 29 de julho de 2007

Portugal dos Pequeninos

Ler João Gonçalves a propósito dos caciquismos nos partidos. Sem tirar nem pôr.


EUA



Esta táctica é um "zero sum game" para os EUA, e já se provou diversas vezes que está errada. Sobretudo quando alguns dos países envolvidos financiam directamente o terrorismo. No caso do Qatar, financia o Hezbollah, a Arábia Saudita financia o Hamas e várias madrassas que ensinam o Islão mais extremista. As memórias do Afeganistão inimigo da URSS e do Iraque inimigo do Irão já foram pretexto para vendas de armas. Resultou? Nem por isso.


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Uma alteração súbita no discurso do PS Madeira. Uma táctica ao estilo do tio Alberto João?


No verão, séries a não perder:








No verão, filmes a não perder:


























Retoma económica? Subsistem muitas dúvidas...

Pretendo analisar as constantes declarações de anúncio da retoma económica por parte de José Sócrates e Manuel Pinho e com isso, espero demonstrar que a retoma ainda não se verifica de facto, que não é estrutural, mas sim uma melhoria ligeira provocada pela boa conjuntura europeia e pelas exportações.


Investimento:

No ano de 2007, há sinais positivos do investimento empresarial (privado), valores que já não se verificavam há sete anos, e que se pode constituir como uma alavanca importante para o crescimento económico. Contudo, falta contar o resto da história...




No investimento total, verifica-se uma tendência negativa conjuntural que dura há vários anos, em grande parte responsabilidade da redução do investimento público e do sector da construção. Em 2007, esta tendência parece continuar. No 1ºtrimestre de 2007, a Formação Bruta de Capital Fixo teve uma variação homóloga negativa de 1,8%.


Apesar do crescimento do investimento empresarial de 1,3% em 2006 (já de si um valor baixo), a variação real do investimento total foi negativa em 3,7% em 2006. O mau desempenho do sector da construção civil é um dos motivos principais para as quedas sucessivas do investimento.

Comércio Externo:

No primeiro trimestre 2007, as exportações e as importações registaram variações homólogas positivas de 8,1% e 1,9%. A variação homóloga do défice da Balança Comercial (de Janeiro a Abril) foi de -11,8%. A taxa de cobertura das importações pelas exportações (de Janeiro a Abril) passou de 63,5% para 68,8%, variação homóloga. Estas melhorias não tiram o fardo de sermos o quinto país do mundo com pior saldo percentual da Balança de Transacções Correntes, perto dos 10% (valores médios de 2000 a 2006).


É de salientar a variação das exportações como potenciador do crescimento económico. Contudo, os custos unitários do trabalho em Portugal tiveram uma evolução preocupante nos últimos anos, e pior que em muitos concorrentes europeus.



Na constituição das exportações, destaca-se o aumento de 19% do grupo "Material de Transporte e acessórios" (ex: automóveis, peças e acessórios de bens de transporte) e 20,6% do grupo "Máquinas e outros bens de capital" (ex: máquinas, peças e acessórios para máquinas, excepto máquinas de transporte), e 13,9% na categoria "Fornecimentos Industriais" (produtos primários e transformados). Se excluirmos o grupo dos Combustíveis e Lubrificantes, as exportações homólogas registaram variações muito maiores que os 8,1% verificados.

Desemprego:

A taxa de desemprego estimada para o primeiro trimestre de 2007 foi de 8,4%. Este valor é superior em 0,7 pontos percentuais em relação ao valor homólogo verificado em 2006, e ao observado no trimestre anterior, em 0,2 pontos percentuais. Esta taxa de desemprego é a maior dos últimos 20 anos, mas também é um sinal de que o sector produtivo português se está a ajustar estruturalmente.

Contas públicas:

A receita fiscal do estado registou um crescimento homólogo de 8,6% no 1ºsemestre do ano de 2007. No entanto, a despesa pública corrente primária do Estado teve uma variação homóloga positiva de 3,8% no 1º semestre deste ano. O objectivo inscrito no Plano de Estabilidade e Crescimento de baixar este valor em 2009 para 37% do PIB, cada vez mais se afasta, pois a tendência de há muitos anos é de crescimento da despesa corrente primária, que registou 37,1% do PIB em 2002 e 40,6% em 2005. As remunerações certas e permanentes do pessoal tiveram variações negativas de 1,9%, enquanto que as transferências correntes das administrações públicas e entidades fora do sector aumentaram 3,9% e 3,7% no 1ºsemestre de 2007, comparado com o período homólogo do ano anterior. Os valores positivos das variações nas remunerações deve-se sobretudo ao congelamento salarial na função pública.

As despesas com os juros da dívida pública registaram uma variação homóloga de 9%.

A redução do défice do Estado de 3631,2M€ no primeiro semestre de 2006 para 2708,2M€ no período homólogo de 2007, deve-se essencialmente ao crescimento das receitas fiscais.


Produto Interno Bruto:

No primeiro trimestre de 2007, o PIB cresceu 2,0% em volume face ao período homólogo. O crescimento do PIB deve-se essencialmente ao aumento da procura externa líquida, assente sobretudo nas exportações de bens e serviços, face à procura interna (despesas privadas de consumo, despesas das administrações públicas e investimento).


O crescimento de 2,0% do PIB português no 1ºtrimestre de 2007, mantém-se claramente abaixo dos 3,1% da zona Euro, no mesmo período. Continuamos a divergir do crescimento da média da UE-27 em 1,3 pontos percentuais no triénio 2005-2007, superior aos 1,2% verificados no triénio 2002-2004.

Sr. Manuel Pinho, olhe para os factos, e não nos mande tretas (mentiras, no sentido literal da palavra) para cima...


sexta-feira, 27 de julho de 2007

A recolha de apoios está aí...

Pela calada, Marques Mendes vai juntando trunfos e mais trunfos...e de peso. Lição a tirar: Não subestimar Marques Mendes, que é um trabalhador nato e um lutador incessante.


Leitura Recomendada


quinta-feira, 26 de julho de 2007

América - A Turn to the Left?




Veremos uma esquerdização da política dos EUA com Barack Obama pelos Democratas ou Rudy Giuliani pelos Republicanos como protagonistas? Tudo aponta para que sim. Posições coincidentes entre ambos:

1) Defesa da interrupção voluntária da gravidez
2) Apologista dos direitos dos gays
3) Limites ao porte de armas
4) Uma nova política ambiental atenta ao fenómeno do aquecimento global


Um novo partido

Não haveria espaço para um novo partido político, uma iniciativa seguramente mais eficaz que o MIC (Movimento de Intervenção e Cidadania). Um novo partido de intervenção cívica, sem uma perspectiva de poder, longe dos aparelhos do bloco central, sem juventude partidária. Uma plataforma que premeia os cidadãos competentes e os convida de acordo com a sua contribuição para a sociedade. Um conjunto de cidadãos independentes eleitos a bater o pé aos políticos no parlamento será impensável?

Manuel Alegre e Helena Roseta deram o primeiro passo. Penso que um novo partido político só poderá ser fundado por políticos conhecidos e reconhecidos. Mas, seria conveniente que essa organização fosse maioritariamente composta por cidadãos livres e independentes, sem filiação partidária.


Lugares


Marquês de Pombal
(Obras do metropolitano)
Lisboa
Entre 1955 e 1959


Lugares


Praça dos Restauradores
Lisboa
Década de 50


Little Treasures in iPod



Sarkozy promete


Depois das enfermeiras búlgaras e do médico palestiniano, Sarkozy vira-se para a libertação de Ingrid Betancourt. Sarkozy dá decisivamente um novo rumo à Europa. Senão vejamos:

1) Sarkozy deu um impulso decisivo para a criação de um mini-tratado institucional para resolver os problemas do desajustado processo de decisão europeu.

2) Sarkozy envolve-se em questões importantes como o Darfur com os seus parceiros europeus, neste caso Gordon Brown.

3) Sarkozy conseguiu a libertação, há tempos considerada impossível, dos prisioneiros na Líbia, e agora vira-se para Ingrid Betancourt, activista anti-corrupção e candidata às eleições presidenciais colombianas, raptada pelas FARC em Fevereiro de 2002.

4) Sarkozy surpreende a França com a escolha de ministros socialistas e de Rachida Dati, filha de magrebinos, para o seu governo.

5) Sarkozy garante que vai iniciar um programa de reformas estruturais que vai rejuvenescer o sistema social francês.

Uma série de sinais que revelam um Sarkozy dinâmico. Um eixo França-Alemanha com Sarkozy e Merkel era o que a Europa mais precisava neste momento para encontrar um rumo, sobretudo depois dos fracassos de Chirac e Schroder.


quarta-feira, 25 de julho de 2007

Manuel Alegre


Finalmente uma voz crítica deste PS arrogante, autoritário e mandão. Finalmente uma voz de quem não tem nada a perder. Finalmente uma voz socialista que critica a falta de liberdade no seu partido sem rodeios. No artigo de Manuel Alegre ontem no Público, ficaram explícitas várias críticas ao PS e a José Sócrates. Coloco aqui algumas passagens que considero interessantes:

"Nasci e cresci num Portugal onde vigorava o medo. Contra eles lutei a vida inteira. Não posso ficar calado perante alguns casos ultimamente vindos a público. Casos pontuais, dir-se-á.

Mas que têm em comum a delação e a confusão entre lealdade e subserviência. Casos pontuais que, entretanto, começam a repetir-se. Não por acaso ou coincidência. Mas porque há um clima propício a comportamentos com raízes profundas na nossa história, desde os esbirros do Santo Ofício até aos bufos da PIDE. Casos pontuais em si mesmos inquietantes. E em que é tão condenável a denúncia como a conivência perante ela."

(...)


"O que não merece palmas é um certo estilo parecido com o que o PS criticou noutras maiorias. Nem a capacidade de decisão erigida num fim em si mesma, quase como uma ideologia. A tradição governamentalista continua a imperar em Portugal. Quando um partido vai para o Governo, este passa a mandar no partido, que, pouco a pouco, deixa de ter e manifestar opiniões próprias. A crítica é olhada com suspeita, o seguidismo transformado em virtude.

Admito que a porta é estreita e que, nas circunstâncias actuais, as alternativas não são fáceis. Mas há uma questão em relação à qual o PS jamais poderá tergiversar: essa questão é a liberdade. E quem diz liberdade diz liberdades. Liberdade de informação, liberdade de expressão, liberdade de crítica, liberdade que, segundo um clássico, é sempre a liberdade de pensar de maneira diferente. Qualquer deriva nesta matéria seria para o PS um verdadeiro suicídio."

(...)

"Não se pode esquecer também a responsabilidade de um poder mediático que orienta a agenda política para o culto dos líderes, o estereótipo e o espectáculo, em detrimento do debate de ideias, da promoção do espírito crítico e da pedagogia democrática. Tenho por vezes a impressão de que certos políticos e certos jornalistas vivem num país virtual, sem povo, sem história nem memória."


(...)


"que os cidadãos, pela abstenção ou pelo voto, punam e corrijam os desvios e o afunilamento dos partidos políticos. Há mais vida para além das lógicas de aparelho. Se os principais partidos não vão ao encontro da vida, pode muito bem acontecer que a recomposição do sistema se faça pelo voto dos cidadãos. Tanto no sentido positivo como negativo, se tal ocorrer em torno de uma qualquer deriva populista. Há sempre esse risco. Os principais inimigos dos partidos políticos são aqueles que, dentro deles, promovem o seu fechamento e impedem a mudança e a abertura."


terça-feira, 24 de julho de 2007

Iraque


Um conjunto de blogues actualizados para acompanhar o dia-a-dia no Iraque.

http://www.healingiraq.blogspot.com/

http://iraqthemodel.blogspot.com/

http://washingtonbureau.typepad.com/iraq/


Ninguém tenha dúvidas que o desfecho desta guerra vai ter influência em toda a situação política no Médio Oriente. Sobretudo, espero que os media ocidentais dêem mais atenção ao que se passa realmente no Iraque, e não vejam tudo a partir do espectro anti-americano.


Sra. Ministra da Educação


Muito bem. O processo disciplinar contra o professor Fernando Charrua foi arquivado. Mas ainda há uma medida a tomar: demitir quem provocou toda esta trapalhada, a directora da DREN Margarida Moreira.


Atenção!


China smashes trade surplus record. A China registou o seu maior saldo da balança comercial de sempre no valor de 26.91 biliões de dólares no mês de Junho. No entanto, especialistas chineses realçam os perigos de sobreaquecimento da economia, ao nível da política monetária. As entradas maciças de dinheiro para o sistema bancário dão origem a pressões inflacionistas. Segundo a teoria económica, um aumento da procura mundial de produtos chineses leva a uma apreciação real a longo-prazo da moeda chinesa face às outras. Esta apreciação da moeda verifica-se porque os produtos chineses ficam mais caros em relação aos outros. O que passa na realidade é que o Yuan está sempre desvalorizado. Os benefícios de manter as exportações chinesas a um baixo preço dão incentivos ao Governo Chinês para controlar a taxa de câmbio de acordo com os seus interesses, opondo-se ao free-float.


Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa

Mais um ranking, mais um 1ºlugar em Economia e Gestão. A prova de que a Faculdade de Economia da UNL é a melhor faculdade portuguesa nas áreas de economia e gestão.


segunda-feira, 23 de julho de 2007

Luís Filipe Menezes

Marques Mendes tem adversário. Assim é melhor. Que se coloquem todas as questões em cima da mesa. Que se debata o partido, o modelo de oposição para os próximos dois anos, as juventudes partidárias. Que se leve mais gente para o PSD, gente fora da política com sucesso profissional. E, sobretudo, que a elite cavaquista se envolva no partido, porque o PSD precisa deles a intervir, não a fugir.


Prazeres da vida


Aston Martin DB9 V12


Brilliance


O modelo familiar chinês não se adequa nada à sua denominação. É tudo menos Brilliance. No teste europeu de segurança Euroncap o automóvel chinês teve uma estrela em cinco possíveis, tendo chumbado claramente (nem os airbags funcionaram a tempo, tendo o dummy batido no pára-brisas). Aliás, salvo raras excepções, quando os chineses fabricam sozinhos um produto sai disto. Insuficiência tecnológica, incompetência técnica. Só através de imitação, ou de liderança ocidental, os produtos vindos da China têm selo de qualidade. Caso contrário, é isto. Como defensor da livre concorrência, não concordo com qualquer tipo de restrições à importação de automóveis chineses para a Europa. Há sempre pessoas para os comprar a 3000 e 4000 euros. Mas a excelente indústria automóvel europeia não pode competir com estas pelo preço, tem de competir pela qualidade.


MoveOn.org e SaveDarfur.org


Tanto o movimento MoveOn.org como o SaveDarfur.org são criações por parte de cidadãos anónimos americanos que se preocupam em dar o seu contributo para um país melhor. Apesar de serem organizações criadas por cidadãos comuns, actuam de forma altamente profissional e fazem passar de forma eficaz a sua mensagem. Isto é a sociedade civil de que falei. É a voz dos cidadãos anónimos, transmitida de uma forma profissional. Os dois movimentos têm formas e objectivos muito distintos. O MoveOn destina-se a dar voz aos cidadãos comuns, desde um carpinteiro a uma dona de casa a um gestor de sucesso, com o objectivo de dar aos cidadãos uma voz política num sistema dominado por interesses financeiros e grandes grupos de mass media. O MoveOn mobiliza pessoas em todo o país como meio de travar importantes batalhas no congresso e ajudar a eleger candidatos que reflictam os seus valores. O SaveDarfur destina-se a alertar os cidadãos americanos para o genocídio que acontece actualmente no Darfur (Sudão) e mobilizar uma resposta eficaz de modo a terminar com as hostilidades naquela região.

Duas organizações simples, sem preconceitos, sem rosto, que lutam por um mundo melhor, através da intervenção fora do domínio dos partidos políticos, mas com uma mensagem claramente política.


sexta-feira, 20 de julho de 2007

Little Treasures in iPod



Israel

A qualquer momento espera-se uma crítica contra Israel por parte de Daniel Oliveira devido à libertação de 250 prisioneiros palestinianos das prisões israelitas.


Darfur

Sarkozy e Brown dispostos a fazer uma viagem conjunta ao Darfur.

Pois que sirva então para resolver alguma coisa e não continuar com o impasse que permite que se continue a assassinar.

E donde partiu esta iniciativa? Só podia ser dos americanos, pois eles estão muito atentos ao que se passa no mundo. E, acima de tudo, têm sociedade civil, que falta a Portugal.


2 anos de governação socialista

Crescimento do PIB: Portugal = 1,3% UE = 2,9% Espanha = 3,9% Polónia = 5,8%

Rendimento per capita (EU 25 - 100) 2004 = 72,4% 2007 = 68,9%

Défice externo: 2004 = 5,7% 2006 = 8,7%

Endividamento das famílias: 2004 = 112% 2006 = 130%

Projectos de investimento: Anunciados = 27.141,5 M€ Contratualizados = 4.603,4M€

Dívida Pública: 2004 = 58,6% PIB 2007 = 68% PIB

IVA de 19% para 21%

Aumento de carga fiscal para deficientes e pensionistas

IRS com escalão adicional de 42%

ISP - aumentos sucessivos do imposto sobre produtos petrolíferos

Aumentos de impostos em: tabaco, álcool, selo e circulação automóvel, imposto automóvel, etc...

Na saúde,

Subida dos preços dos medicamentos em 6,6%

Aumento das taxas moderadoras nas urgências em 27%

Fim de majoração em 10% dos medicamentos genéricos e fim da comparticipação em 149 medicamentos.

+ 22.000 pessoas nas listas de espera para cirurgia

Na educação, manutenção de um sistema centralista que funciona mal e está falido

Ausências de medidas significativas na gestão das escolas

Erros sucessivos em exames

Resultados desastrosos em matemática no 3ºciclo e nos exames nacionais, apesar dos investimentos feitos

Fim do exame nacional de Filosofia

Na cultura, um péssimo negócio com o comendador Berardo, que custará muito aos cofres do Estado, enquanto a colecção valoriza

Fim da festa da música

O mais elevado índice de desemprego desde 1986 = 8,2%

Novos postos de trabalho: anunciados = 232.755 contratualizados = 5.188


Nos 5 meses em diante (a partir de Fevereiro de 2007), a estratégia governativa revelou-se ainda mais desnorteada, com diversos casos à mistura. A credibilidade diminui, os resultados não aparecem, o autoritarismo aumenta. O estado do país é escamoteado pelos discursos maravilhados de José Sócrates sobre a Europa.

No entanto, é de realçar a aprovação de alguma legislação sensível no domínio do ensino superior, justiça e no sistema de avaliações da função pública. Só com algum tempo de maturação, se verão os resultados destas alterações.

A prestação do executivo socialista não deixa de ser claramente medíocre.


Santana Lopes


Acabou um ciclo há dois anos. O dele. Um novo ciclo da direita não pode contar com estas personagens. Mesmo que façam todos os esforços para se fazerem ouvir.


PSD

O pior que podia acontecer ao PSD era Marques Mendes não ter adversários nas próximas eleições directas do partido.


quinta-feira, 19 de julho de 2007

Paraísos na terra - Honolulu

No outro lado do mundo, no paradisíaco Hawai, temos uma cidade florescente que mistura sofisticação com beleza natural. Com quase 1 milhão de habitantes, Honolulu tem um encanto especial. A sua intensa vida turística permite-lhe ter o segundo maior centro comercial dos EUA, o Ala Moana Center, a seguir ao Mall of America em Minnesota. Uma série de teatros, galerias de arte e clubes nocturnos da moda, dão a Honolulu uma atmosfera urbana e cosmopolita, potenciada pelos artistas americanos que procuram o encanto do Hawai para viver. As praias magníficas transformaram há muito o Hawai num local privilegiado de surf, uma sucursal californiana, acompanhada pelo marketing e pelo ambiente que a legião de surfistas transportam com eles. A vegetação exótica deste local dá-nos uma outra visão da natureza. Natureza que nos proporcionou um conjunto de ilhas no meio do pacífico, longe de tudo, mas só assim teria este encanto.




Little Treasures in iPod



Helena Lopes da Costa


Se se confirmar a candidatura de Helena Lopes da Costa à distrital de Lisboa do PSD é serviço público impedir que ganhe. Porquê? Helena Lopes da Costa traz o pior que há nos partidos. A dependência de lugares públicos desta gente é surreal, e é este tipo de gente que faz guerra persistente e sistemática a Marques Mendes e a Paula Teixeira da Cruz. Esta guerra transparece uma necessidade constante de manter cargos públicos e de controlar estruturas dentro do partido. Este é o aparelho por excelência, totalmente afastado da sociedade e sem representar minimamente os cidadãos. São as secções onde se exerce o "respeitinho", onde se protege a clientela política, onde se lançam os boys para os lugares de assessores, deputados e afins. Assim, num esquema de "dar e receber", não admira que Helena Lopes da Costa tenha muitos apoiantes, pois normalmente estes terão regalias no futuro, concretizadas em lugares inúteis mas bem pagos.


quarta-feira, 18 de julho de 2007

Rui Rio


terça-feira, 17 de julho de 2007

Comissão Europeia

A Comissão Europeia em conjunto com os Estados-membros coloca como objectivo a redução das emissões de dióxido de carbono para 120g de CO2/km para o parque automóvel novo até 2012. Uma excelente iniciativa da Comissão Europeia e mais uma prova de que, a nível ambiental, a Europa lidera o mundo desenvolvido. Especificamente, a Comissão Europeia propôs o seguinte:

“A Comissão prosseguirá a sua abordagem integrada com vista a alcançar o objectivo da UE de 120 g de CO2/km até 2012. Este objectivo pode ser alcançado através de uma conjugação da acção da UE e dos Estados-Membros. Tendo em vista atingir o objectivo comunitário de 120 g de CO2/km, a Comissão proporá um quadro legislativo, se possível em 2007 e o mais tardar em 2008, centrado em reduções obrigatórias das emissões de CO2 para alcançar o objectivo de 130 g/km, em média, para o parque automóvel novo através de avanços tecnológicos a nível dos motores dos veículos e uma redução adicional de 10 g de CO2/km, ou equivalente se for tecnicamente necessário, através de outros avanços tecnológicos e uma utilização acrescida dos biocombustíveis, a saber:

  1. estabelecimento de requisitos mínimos de eficiência para os sistemas de ar condicionado;
  2. instalação obrigatória de sistemas precisos de controlo da pressão dos pneus;
  3. fixação na UE de limites máximos de resistência ao rolamento para os pneus montados em veículos de passageiros e veículos comerciais ligeiros;
  4. utilização de indicadores de mudança de velocidades, tendo em conta a frequência do recurso a estes dispositivos pelos consumidores, nas condições de condução reais;
  5. progressos no domínio da eficiência do combustível dos veículos comerciais ligeiros (furgonetas), com vista a atingir 175 g de CO2/km até 2012 e 160 g de CO2/km até 2015;
  6. utilização acrescida de biocombustíveis que maximizem o desempenho ambiental.

As medidas acima serão susceptíveis de medição, controlo, justificação e não deverão originar uma dupla contabilização das reduções de CO2.


Agora, resta aos produtores automóveis europeus cumprirem as metas traçadas pela Comissão.


Refundar a direita II


O CDS com a sua matriz ideológica actual tem muitas parecenças com o PSD. Deste modo, a sua existência como partido está muito dependente do momento e das circunstâncias de actuação do PSD. Nos anos 80, o CDS tinha uma matriz ideológica democrata-cristã, assente nos valores de personalidades como Freitas do Amaral. Nesse tempo, a base eleitoral do partido era extensa e o CDS partilhava com os seus votantes uma ideologia sólida e que dava sentido à existência do próprio partido. Com o cavaquismo e a ascensão de Manuel Monteiro e Paulo Portas, essa base eleitoral desvaneceu-se. Actualmente, penso que a única forma de o CDS se distanciar do PSD é adoptar uma agenda radicalmente diferente da democracia cristã, já de si pouco adequada aos nossos tempos, e da social democracia, adoptada pelo PSD. Essa nova agenda para o CDS teria uma perspectiva ultra-liberal da economia e do papel do estado na sociedade. Só assim o CDS se distanciaria do PSD e ganharia um novo élan. O país tinha, a prazo, todos os motivos para ganhar com a existência de um partido liberal na economia e conservador nos costumes. E um novo formato liberal não entraria em ruptura com a base anterior do CDS, pois continuaria a ser conservador nos costumes. Aliás, um partido assim só poderia ter potencial de crescimento, apoiado por plataformas como o "Compromisso Portugal" que pretendem uma nova agenda liberal para o país, e por uma maior classe empresarial que partilha destes valores.


segunda-feira, 16 de julho de 2007

Refundar a direita

Estas eleições de Lisboa, tal como as legislativas, devem ajudar a compreender porque razão a direita tem de mudar. Para já, fico-me pela direita representada pelo PSD.



O PSD teve o pior resultado de sempre na câmara de Lisboa. Perdeu 88982 votos em relação à eleição de 2005. Esta derrota clara tem um conjunto de explicações. Sempre me pareceu que Marques Mendes lidou muito mal com esta questão do ex-presidente Carmona Rodrigues. Se Carmona foi pressionado a demitir-se pelo partido por ser arguido, também Fernando Negrão o é; se Carmona foi pressionado por não haver condições de governabilidade, então porquê tão tarde e não quando Maria José Nogueira Pinto acabou com a coligação de direita na câmara. A mim o que me parece é que Marques Mendes segue à risca as vontades e as opiniões da comunicação social e as críticas dos adversários. É o soundbite político no seu pior. Neste caso de Carmona como em muitos outros casos, impõe-se pragmatismo. Não se devia levar à letra os berros de José Sá Fernandes, de Miguel Coelho, do Rúben de Carvalho ou da comunicação social (impregnada de tendências), a clamar a ingovernabilidade da câmara, propondo a demissão de Carmona. Assim Marques Mendes não vai lá.
As movimentações do partido já começaram. Luís Filipe Menezes reúne apoios há meses, esquecendo-se completamente que perdeu contra Marques Mendes e nunca seria capaz de unir o PSD. É o candidato da demagogia e tenho dúvidas que será uma alternativa credível a José Sócrates. No entanto, podia eventualmente ter meios para derrubar em 2009 o fraco executivo socialista. Menezes é um candidato para ganhar eleições, mas incapaz de governar. Santana Lopes era um candidato para ganhar eleições, mas incapaz de governar. Agora nem uma coisa nem outra. José Pedro Aguiar Branco parece também reunir apoios para uma candidatura à liderança. Os ventos que vêm do norte são positivos para a política sempre centrada em Lisboa, com gente de Lisboa ou com carreira na capital. Para já tem o aval de Miguel Veiga, o que é um sinal positivo. Outro aspecto de relevo é de que Aguiar Branco tem uma carreira fora da política como advogado, cimentada por muitos anos de vida profissional. Pessoas da sociedade civil com carreira profissional privada só podem ser boas influências para os partidos. No entanto, não deixa de ser um candidato pouco conhecido entre os portugueses e os militantes do PSD. O candidato ideal do PSD seria, como já referi, Rui Rio. Mas esse nunca seria capaz, acredito eu, de deixar a câmara do Porto no meio do mandato para que foi eleito.


Rui Rio


Circuito da Boavista, que melhor prova para premiar o excelente trabalho de Rui Rio. Na minha opinião, uma aposta segura do PSD a médio-prazo para uma candidatura a primeiro-ministro.


O Porto que Lisboa não conhece...




Isto e muito mais


Little Treasures in iPod



Eleições Intercalares

A maior questão levantada por estas eleições é o alto nível de abstenção. Quando se vê numa reportagem da sic notícias que uma senhora, perguntada acerca dos cartazes da campanha eleitoral lisboeta, responde não saber porque estão ali e qual a mensagem deles. Isto revolta-me. Revolta-me também aqueles portugueses que arranjam mil motivos para faltarem às suas obrigações. Se os políticos não prestam, votem branco, não se abstenham. Que melhor bofetada aos políticos que uma votação maciça em branco? Uma sociedade civil forte é um dos pilares de uma democracia saudável. Mas, precisamente, Portugal perde neste ponto. A sociedade civil é fraca e está muito dependente dos políticos. Um dos cartazes do PSD é um sintoma dessa situação: "Se o governo o quer calar, nós falamos por si". Porquê o PSD? O PSD deve ser mais uma voz representativa dos cidadãos, nunca a voz que se diz representá-los nem substituí-los. Os portugueses que se lembrem de um aspecto essencial. Se os EUA são tão fortes, é porque um dos motivos relevantes é o facto de terem uma sociedade civil que se impõe. Há um empenho real e efectivo dos eleitores em se associarem e transmitirem a sua mensagem. Deixo uma questão por responder, Portugal tem ou não tem os políticos que merece?


sexta-feira, 13 de julho de 2007

Leitura recomendada


José Sá Fernandes


O Zé, como gosta que lhe chamem, é, sem dúvida, um homem combativo. Leva sempre a dele avante. No entanto, a grande interrogação que coloco é se o escrutínio rigoroso aplicado ao executivo chefiado por Carmona Rodrigues pelo Zé também será aplicado a António Costa. Eu espero que sim, e os eleitores de Lisboa também esperam que sim. Mesmo assim, tenho algumas dúvidas que o Zé se comportará desta forma. Não há candidatos perfeitos nem polícias morais. Na minha opinião, o Zé tem inevitavelmente de manter o seu estilo para que se reconheça utilidade à sua actuação. E se assim for, presta um serviço público essencial. E certamente que terá muita matéria para denunciar ou esclarecer no futuro.


Rúben de Carvalho


Rúben de Carvalho é um homem competente e inteligente que não pactuará certamente com as derivas de António Costa. Parece-me o candidato mais indicado para estabelecer um escrutínio rigoroso à actuação do poder na câmara de Lisboa. Rúben de Carvalho domina os dossiers, conhece bem a cidade de Lisboa, tendo tudo para se constituir como uma oposição séria e tenaz contra os interesses obscuros da maioria e a favor de uma cidade melhor. Tenho muita pena que homens com esta qualidade estejam presos às amarras do partido comunista. Muita pena. De qualquer forma, será um bom vereador.


Telmo Correia


Telmo Correia está numa situação muito complicada. Uma derrota significa não ser eleito como vereador. E seria a segunda vez consecutiva que Telmo Correia perderia uma eleição, depois de perder a liderança do CDS face a Ribeiro e Castro. Por outro lado, fragiliza a situação política de Paulo Portas como presidente do partido. À falta de resultados, Paulo Portas só se mantém indiscutível no partido porque não há oposição. Mas tenho muitas dúvidas que esta deriva de Paulo Portas para o centro resulte em maiores votações. Telmo Correia tem feito uma campanha segura, com um discurso coerente, ideias concretas e linguagem simples. No fundo, tem passado a sua mensagem de forma eficaz. No entanto, não há contrapartidas nas sondagens em relação à qualidade da sua campanha. O seu discurso está centrado em questões há muito levantadas pelo CDS, como sejam a segurança, a disciplina na educação ou a preservação de património histórico, combinadas com uma nova deriva liberal, concretizada na ideia de privatizar os serviços do lixo e na constituição de um fundo imobiliário.


quinta-feira, 12 de julho de 2007

Helena Roseta


Helena Roseta teve uma atitude corajosa ao entregar o cartão de militante do PS. E penso que a sua actuação como vereadora (sendo previsível que será eleita) será pautada por integridade e por não pactuar com António Costa. Provavelmente, terá a companhia de Rúben de Carvalho numa vigilância rigorosa do candidato socialista. Não acredito que esta candidatura seja representativa dos "cidadãos de Lisboa". No entanto, a campanha de Helena Roseta tem sido interessante, realçando aspectos diferentes como as ciclovias e as acessibilidades de Lisboa para os cegos. A candidata independente é inteligente, tem um discurso organizado e coerente, em que predomina o bom senso. É uma voz que certamente se vai impor nas discussões de câmara e votar exactamente de acordo com o que pensa, sem rodeios. A única candidatura feminina. A considerar.


Carmona Rodrigues


Carmona Rodrigues é o tecnocrata de excelência. Contudo, faltou-lhe capacidade de liderança, de controlar o que se passava à sua volta, e, desta forma, foi enganado, desrespeitado e envolvido nas negociatas do urbanismo em que as suas "pessoas de confiança" presumivelmente estavam envolvidas. Assim, perdeu credibilidade. Está-se a pôr a jeito para ser o braço de apoio de António Costa para passar tudo o que o PS quiser. E, embora possa dar algumas condições de governabilidade à câmara com essa actuação, espero que se bata pela seriedade e pelo rigor, que até agora não se viu nem na sua prestação como presidente da câmara nem na actual campanha eleitoral.


Fernando Negrão


Fernando Negrão também é um candidato do aparelho. Neste caso do PSD. Jurista de profissão, mas político de carreira, pelo menos há uns bons anos. Resta saber se mudou de rumo por dedicação ao serviço público ou por falta de competência para exercer a sua profissão. De qualquer forma, parece-me um político sério, capaz, solidário, talvez um pouco ingénuo, mas que foi à luta nas péssimas condições em que está a Câmara de Lisboa e o PSD. E isso é de louvar. Revela algum desconhecimento das questões com que lida, alguma ingenuidade com o tratamento dessas questões, contudo, há coisas mais importantes que a capacidade técnica dos candidatos, é a capacidade política de mandar, influenciar, dirigir e resolver. E em relação a essas características, tenho muitas dúvidas que Fernando Negrão as reúna de modo a constituir-se como um bom presidente da câmara.