domingo, 30 de maio de 2010

Sound and Vision


BRYAN FERRY / ROXY MUSIC - OFFICIAL YOUTUBE

ROXY MUSIC AO VIVO EM PORTUGAL
22 DE JULHO 2010 NOS JARDINS DO PALÁCIO
MARQUÊS DE POMBAL - OEIRAS


quarta-feira, 26 de maio de 2010

CUTOLINE - LÁPIS HEMOSTÁTICO



domingo, 23 de maio de 2010

Arquitectura paisagista (ao longo dos tempos) na cidade do Porto - V

ANTERIORMENTE:

Foto de Manuela D. L. Ramos do Blog Dias com Árvores

MESMA PERSPECTIVA, ACTUALMENTE, DEPOIS DAS OBRAS DA EMPRESA METRO DO PORTO:


outras fotos actuais:



Jardim do Marquês - Porto


quarta-feira, 19 de maio de 2010

"HOLOCAUSTO HÍDRICO"* NO RIO SABOR

Ano Internacional da Biodiversidade 2010

«Portugal prepara-se para perder o último troço de vida selvagem. Depois de milhões de anos a traçar o percurso até ao Douro, o rio Sabor, em Trás-os-Montes, fica refém da estratégia energética do pais. A construção da Barragem do Baixo Sabor (em alternativa ao Baixo Côa) vai inundar milhares de espécies, muitas delas protegidas. A albufeira vai atingir quatro municípios e guardar água suficiente para encher mais de 600 estádios de futebol. Em 2013 nada será como antes e os 40 kms da albufeira a ser criada, e amparada por um muro com mais de 120 metros, apaga as memórias de uma região ligada à terra que a sustentou durante muitas décadas. A nível natural há espécies endémicas que não poderão ser recuperadas e tudo aponta para que o espelho de água que aí vem não poderá ter aproveitamento turístico. A nível energético passa a ser possível retirar água do Rio Douro e guardá-la a montante no Sabor para ser usada sempre que a pressão na rede eléctrica justificar. O rio vai muitas vezes correr ao contrario, mas à mercê do que a EDP entende ser um armazenamento estratégico de água. Durante mais de um ano todos os passos deste processo foram registados.»


domingo, 16 de maio de 2010

VISITA DO PAPA BENTO XVI AO PORTO - 14 DE MAIO DE 2010










COMO ERAM DIFERENTES AS COISAS EM PORTUGAL

« Memórias do Portugal respeitado*

Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall. O embaixador incumbiu-me – ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada – dessa missão. Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder.
Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal.
Não estava previsto o seu regresso aos EUA. Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo num altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo".
Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa. Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo.
O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável. Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país – Portugal – que respeitava os seus compromissos.
Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral perpétuo da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas ao tempo por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar – é nada dever a quem quer que seja".
Lembrei-me desta gente e destas máximas quando há dias vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado pública e grosseiramente pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas. Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses de hoje nem esse consolo tem.

Estoril, 18 de Abril de 2010

* Por Luís Soares de Oliveira »

Fonte Blog Atributos


sábado, 15 de maio de 2010



Extrato de um artigo de Vasco Pulido Valente,
publicado no Jornal Público de 30 de Abril de 2010.


quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sound and Vision


Como é possível?


Lei n.º 12-A/2008 de 27 de Fevereiro


«Talk shows financiados por contribuintes falidos»


Extrato de um artigo de Eduardo Cintra Torres,
publicado no Jornal Público de 30 de Abril de 2010.


domingo, 9 de maio de 2010

Optimus Alive! 2010


Não podia deixar de escrever umas linhas acerca do melhor festival organizado em Portugal nos últimos anos.


Falo do Optimus Alive!2010, o qual ainda não tem o cartaz completamente fechado, mas que apresenta já um cartaz ao nível dos melhores festivais na Europa. Aliás, não é por acaso que o insuspeito NME destaca o destaca desde há uns anos a esta parte.


Para além de um palco principal em que os destaques pessoais vão para Deftones, Alice in Chains, Faith no More, Manic Street Preachers e Pearl Jam, temos um palco secundário com nomes muito fortes da cena musical actual, tais como Steve Aoki, Florence + The Machine, LA Roux, Gossip, The XX, The Big Pink e Boys Noize.


Já tenho sido muito crítico da Everything is New em edições anteriores do festival mas este anos estes meninos esmeraram-se.


Vemo-nos por lá!


A questão que a grande maioria dos Portugueses coloca


De que está à espera este senhor para se demitir ou ser demitido?!


Basta!



Depois de vários em dias em que Portugal esteve - pelas piores razões - no centro das atenções dos mercados financeiros internacionais, pedia-se ao Governo que marcasse uma posição firme quanto ao comprometimento em tomar medidas no imediato que sinalizassem o real interesse em diminuir o défice e contribuir para o acalmar da pressão internacional (FMI, BCE, Comissão Europeia, Agências de Rating, etc.).


Ora, o que vimos foi um conjunto de situações que fazem temer o pior:


  • José Sócrates, no seu estilo muito próprio de não se querer desviar um milímetro face às suas intenções, lá acabou a muito custo por deixar cair, por ora, a construção do novo aeroporto e da nova travessia sobre o Tejo. Não se compreende como, à luz do contexto actual, o nosso Primeiro-Ministro não fez uma declaração do País, logo no 1º dia em que os mercados se centraram na nossa economia, a dizer, preto no branco, que todas as grandes obras públicas que estavam projectadas seriam suspensas temporariamente. Teria sido um gesto importante e credibilizador. Por outro lado, faz-me alguma confusão como se pretende suspender a construção da 3ª travessia do Tejo quando se mantém de pé o projecto da Rede Ferroviária de Alta Velocidade entre Poceirão e Caia (alguém que me explique como se vai efectuar a ligação entre o Poceirão e Lisboa, sff).

  • Compreendo a posição de Teixeira dos Santos. Toda a gente já percebeu que há muito tempo se encontra em rota de colisão com José Sócrates mas efectivamente demitir-se no presente momento seria o pior que poderia acontecer a Portugal. Seria um sinal péssimo para o exterior e o possível trigger para outro downgrade da dívida pública Nacional. Mas ninguém o mandou ficar no Executivo quando houve eleições...
  • Já o Ministro das Obras Públicas - António Mendonça - não é tido nem achado no meio deste turbilhão. Limita-se a ser um "Yes man" ao serviço do nosso Primeiro-Ministro.

Para finalizar, e de uma perspectiva construtiva, deixo de seguida as minhas sugestões:


  • Suspenda-se de imediato TODAS as grandes obras públicas;

  • Canalize-se o montante com o qual o Estado teria de financiar essasobras na remodelação do parque escolar e hospitalar de todo o País;

  • Apoie-se de uma forma mais directa a modernização do tecido empresarial;

  • Eleve-se o nível de exigência no sistema educativo;

  • Passe-se a mensagem clara de que atravessamos uma situação complicada e que os Portugueses, nos próximos anos, terão de retrair os seus gastos e ajustá-los aos seus reais rendimentos;


terça-feira, 4 de maio de 2010

DÉFICE das CONTAS PÚBLICAS: ALGUMAS PROPOSTAS



domingo, 2 de maio de 2010

LIGA PARA A PROTECÇÃO DA NATUREZA - Comunicado de imprensa


«PARQUE NATURAL DO SW ALENTEJANO E COSTA VICENTINA: Agricultura intensiva é o Inimigo n.º 1


O aproveitamento hidroagrícola do Mira abrange cerca de 21% da área terrestre do Parque Natural do SW Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV). Na última década, os valores de biodiversidade do Parque têm sido progressiva e rapidamente destruídos pelas práticas agrícolas intensivas no Perímetro de Rega do Mira (PRM). Um estudo científico recente confirma que a agricultura intensiva praticada no PRM tem sido responsável pela destruição de habitats e espécies protegidos. As taxas de desaparecimento de lagoas temporárias (nas quais ocorrem vários habitats e espécies protegidas) entre 1991 e 2009 foram muito elevadas no interior do PRM (57,6%), tendo sido em 2010 registada destruição adicional. Em 2005, o Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) elaborou um relatório sobre os valores de biodiversidade na área do PRM, no âmbito da preparação do Programa Sectorial Agrícola do PRM (PSAM). Este relatório evidencia os valores de conservação, com espécies e habitats únicos no mundo. Os pareceres do ICNB foram ignorados, as suas sugestões de cartografia parcialmente ignoradas, e em 64% da área destinada a agricultura amiga da biodiversidade foi permitida uma agricultura intensiva de regadio. A proposta de Plano de Ordenamento do PNSACV, em discussão pública, só piora esta situação, assumindo que existe apenas cerca de 1 dezena de lagoas (em vez das 170 referidas no estudo). Além disso, grande parte do PRM vem classificado como Protecção Complementar II (“áreas agrícolas do PRM”) e destina-se à “produção agrícola em regadio”, incluindo estufas para produção intensiva. A LPN lamenta a insensibilidade ambiental do Ministério da Agricultura e a apatia inaceitável do Ministério do Ambiente. Enviou ao Secretário de Estado do Ambiente um memorando que será enviado à Comissão Europeia, evidenciando a degradação contínua desta área e a destruição progressiva de habitats e espécies protegidos por legislação europeia e internacional. Como reverter esta situação? A LPN considera que as medidas mínimas de protecção da biodiversidade na área do PRM devem ser incluir (a) a reclassificação de uma parte substancial do PRM (pelo menos 40%) em categorias de protecção mais elevadas, no âmbito da revisão do Plano de Ordenamento do PNSACV; (b) a implementação de um programa agro-ambiental atractivo para os proprietários (revendo a actual ITI), que compense as perdas económicas pelo fim das actividades de agricultura intensiva.

A Direcção Nacional da Liga para a Protecção da Natureza

Lisboa, 20 de Abril de 2010»