quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Playlist



Imposto automóvel

Mais grave ainda do que o imposto de circulação, é a dupla tributação (IVA + IA) a que se sujeita o mercado automóvel em Portugal. Esta situação é ilegal (permanece o litígio entre o Estado português e a Comissão Europeia), distorce o mercado (que levou à criação e um autêntico mercado de importação de automóveis em Portugal) e sobrecarrega de impostos um bem essencial para muitas empresas.


Estado à mercê dos grandes grupos económicos

António Lobo Xavier levantou a questão da cumplicidade entre o Estado e os maiores grupos económicos portugueses, e muito bem, na Quadratura do Círculo. Provavelmente, passa uma mensagem de um grupo que cria riqueza tendo o Estado como adversário, e não como uma entidade neutra.

A governação do Estado é feita "a pedido" dos grandes grupos económicos, nos temas que directamente os afectam. A execução das leis passa por um aconselhamento prévio desses grupos. Tivemos recentemente uma história que se assemelha muito a este tipo de governação. Trata-se da carta de Mário Assis Ferreira dirigida a Telmo Correia, então Ministro do Turismo. Já para não falar no caso Portucale.

Se este caso da Estoril Sol foi denunciado, muitos passam incólumes. Este modo de governação já está institucionalizado. E não é um inquérito judicial que irá levar a algum tipo de punição ou repreensão, sobretudo num país de brandos costumes.


Responsabilidades não assumidas

Reina a confusão no PSD. Os diversos escandâlos que têm vindo a lume carecem de esclarecimento. Não há, entre a entourage de Barroso e Santana quem assuma responsabilidade sobre esses escândalos, quem os queira esclarecer, quem queira por um ponto final no assunto. As pessoas indicadas para essa explicação são os responsáveis da altura, Durão Barroso e Santana Lopes, mas estão calados, ambos mais preocupados em gerir a sua situação política. Mas são eles, em primeiro lugar, que têm o dever de arrumar a casa e por um ponto final no assunto.

Nuno Morais Sarmento transmitiu vontade de explicar o caso do Casino de Lisboa. Ao menos, teve a coragem de dar a cara e de querer esclarecer uma questão que, infelizmente, se insere num tipo de favores normais na nossa democracia. Prova disso é o silêncio da bancada socialista.


Luís Filipe Menezes

Nas suas ideias soltas e inconcebíveis, a iluminária que lidera a oposição pretende que os médicos exerçam em regime de exclusividade a sua profissão. Esqueçe-se certamente que o actual sistema é um mal menor, que permite aos médicos de qualidade exercer tanto no público como no privado. Esquece-se que, para manter alguma qualidade no serviço público de medicina, os salários teriam de aumentar 5 vezes, ou mais, caso contrário teria hospitais públicos com médicos a tempo inteiro que seriam de qualidade inferior aos médicos que actuariam no privado. Esquece-se que mais regulamentação e mais legislação não é uma necessidade actual deste país. Luís Filipe Menezes, como médico, deveria entender isto: um regime de exclusividade afastaria os bons médicos do Serviço Nacional de Saúde.


Involução

Imposto anual de circulação de veículos em Portugal


Recentemente o imposto anual de circulação de veículos sofreu um aumento brutal, vejamos alguns exemplos:

RENAULT CLIO 1.2 (75CV)

2006 - 31,71€

2008 - 100,5€


BMW 318d (143CV)

2006 - 31,71€

2008 - 177,1€


RANGE ROVER SPORT 2.7 TDV6 (190CV)

2006 – 49,26€

2008 – 556,30€


ISTO É INCONCEBÍVEL !!!


Como se isto não bastasse o actual imposto de circulação, ao contrário do anterior, é obrigatório mesmo que o carro não circule e não diminui com a idade do veículo.

Conclusão:

Actualmente, graças ao Sr. José Sócrates, em Portugal – de forma genérica – já só existem duas classes sociais: os políticos e os escravos.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Delinquência urbana

«E, assim, a fuga dos campos, a proletarização do pequeno agricultor, o ingresso do assalariado rural, mal apetrechado, no ambiente citadino, traduzir-se-á, para muitos, em amarga desilusão, na troca sombria da pobreza pela miséria do desemprego, quando não até na degenerescência moral logo que tombam na sordidez dos «basfons» urbanos. E esses foragidos não regressarão ao lar, como o filho pródigo, porque os venenos do urbanismo para sempre lhes incutiram no espírito o desprezo pelo rude trabalho da terra, por uma vida austera toda feita de resignação, de sacrifícios e de renúncias.»

O NOVO MUNDO RURAL, J. Vieira Natividade, 1960, Companhia Nacional Editora Lisboa.


domingo, 24 de fevereiro de 2008

Sound and Vision



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Impunidade

Nuno, a questão é simples. Com as nossas leis, está tudo bem. Já o nosso costume, sempre foi assim.

O ponto de partida e de chegada é o mesmo: educação. O atraso crónico de Portugal.


Agora ninguém os pára.



O site Serbianna dá-nos uma ideia do que se passa na Bósnia e no Kosovo. A dura realidade, que encalha na censura dos media apenas porque é politicamente incorrecta.

Um vídeo que retrata bem a situação:
Kosovo


Via Último Reduto


PSD - O partido do spam

O PSD está dividido entre a incapacidade de Menezes e o hedonismo político de Santana Lopes. A agência de comunicação mostra por um lado que não percebe de política, e por outro que a conquista de massas faz-se sempre pelo discurso político e pelo carisma dos candidatos e não pelo marketing e publicidade associados a ele. Alguém imagina que o sucesso de McCann ou Obama se deve às máquinas de comunicação por trás? Não, deve-se exclusivamente ao carisma do candidato.

O PSD nem sequer é um partido organizado actualmente. Reage mal e fora de tempo. Na maioria das vezes os seus porta-vozes debitam tiradas populistas sem nexo. Escolhe mal os temas, não centra a discussão neles, não é persistente.

O PSD não tem ideologia. Posiciona-se à esquerda e à direita, consoante os soundbytes das suas intervenções. É sobretudo um partido regido pelo momento e em busca permanente do ruído político. É o partido do spam.

Sem oposição real, resta-nos Sócrates, que governando mal mantém-se na liderança das sondagens.


All My Faves



Câmara Municipal de Lisboa

Muito se tem escrito, falado, debatido sobre a grave situação económica da Câmara Municipal de Lisboa. Empréstimos, pareceres, baboseiras, enfim, o costume. Dos responsáveis praticamente nada.

E se, para variar, os responsáveis fossem exemplarmente punidos e proibidos do exercício de funções públicas?

Enquanto situações destas continuarem a gozar de impunidade é obvio que se irão repetir.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Genial !


Another Time, Another Place



«Dia 19 de Fevereiro de 1960!

Às dez da manhã, sob um calor tropical, entrávamos no avião Skymaster dos TAIP (Transportes Aéreos da Índia Portuguesa) e cinco horas depois, sob o sol abrasador da costa do Malabar, pisávamos a terra portuguesa na Índia.

Que dizer daquilo que sentimos?

Quantos sonhos do tempo de menino me assaltaram de novo naquele turbilhão normal que todo o ser que vibra sente quando algo que foi sonho se torna numa realidade palpável!

Índia Portuguesa!

Quantos nomes, quantos feitos de gloriosa memória estas palavras evocam!...

Os olhos marejados de lágrimas, na emoção natural de mais um secreto e ardente desejo realizado, no carro que à capital da nossa Índia nos conduzia, vagueava a vista pelos palmares sem fim que se estendiam ao longo da margem do Zuari e passava revista vertiginosa a tantas coisas que aprendi nos bancos da escola. Naquelas paragens sentia ainda a presença de D. João de Castro, do Terribil e de tantos outros…

Sem querer, na espontaneidade do sentir, revelava-se em mim, mais uma vez, este amor à minha querida Pátria, tão comum e característico das gentes portuguesas.»

Missão na Ásia, Fernando Laidley, 1960, Edições Tapete Mágico.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Inundações: Coisas simples (feitas por pessoas inteligentes)

Em Vilamoura (Algarve – Portugal) nunca se ouve falar em inundações, porque será? A resposta está na imagem:


Vala hidráulica ao longo da via


Existem diversas valas hidráulicas, bem dimensionadas e com um excelente enquadramento natural.


domingo, 17 de fevereiro de 2008

But could he deliver?


Essa é a questão. Para já, 8 anos como senador do Illinois e um discurso (ainda) vazio, com pouca profundidade e substância, não chega. Em momentos difíceis, valorizo a experiência, sobretudo a experiência do bom senso e herdada directamente da direita de Reagan.

Uma eventual eleição de Obama traria uma mudança brutal ao mundo ocidental. Seria o começo real da era da globalização.


Oposição Iraniana


Um excelente filme de oposição ao regime iraniano. Uma prova de que as elites iranianas não estão paradas e, dentro ou fora do Irão, fazem o seu trabalho. Simplesmente, não aceitam as regras ridículas impostas por uma teocracia islâmica ultrapassada governada por ignorantes, que se auto-avaliam pelo tamanho da sua barba e pelo nível de fervor religioso.

Felizmente, o Irão é um país que tem uma elite culta e preparada, que está em estado de exílio ou presa (ou pela fala, pelas ideias, ou dentro de uma cela) no próprio país. A mesma elite formada no período do Xá da Pérsia, o tal que "protegia os interesses ocidentais".

No entanto, a personagem principal do filme (de animação, diga-se) pertence a uma família de inspiração comunista que era oposição ao Xá da Pérsia, e que continuou a ser oposição ao regime dos Ayatollahs. Esses mesmos opositores, presos durante o regime ditatorial, executados durante a teocracia religiosa. A solução possível: o exílio.


Former Yugoslavia


De um país grande e dominador, restou um país retalhado e de orgulho ferido, que se prepara para perder mais uma província. Assim nasce um novo país, que sem as Nações Unidas, tenderá a ser uma Somália europeia.

O conceito de independência nunca foi tão arbitrário e difuso. Este, inaugurado por Bill Clinton e apoiado pela UE, daria sustentação a mais de mil províncias em todo o mundo o direito à independência. A começar pelo Darfur, por exemplo.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Timor

Os timorenses em reacção aos eventos ocorridos pedem responsabilidades à ONU, à GNR, à Austrália, a Portugal, à Indonésia. Não será altura de pedirem responsabilidades a eles próprios?


Desemprego em Portugal / Unemployment in Portugal

Taxa de desemprego em Portugal 1953-2007

(Unemployment rate in Portugal 1953-2007)


Costuma-se dizer que uma imagem vale por mil palavras, relativamente à figura acima (carregar na imagem para ampliar), que ilustra o desemprego em Portugal entre 1953-2007 (valores aproximados), eu mudaria o “mil palavras” para “um bilião de palavras”.

Em 2007 o desemprego elevou-se a 8,0%, um aumento de 4,9% face ao ano anterior. Entre os 25 e 34 anos o aumento do desemprego foi de 6,7% (variação anual). E nos indivíduos com curso superior o aumento foi de 22,5% (variação anual). Imagine-se o desespero em que vivem de milhares de jovens portugueses (actualmente). Compare-se a actual realidade dos jovens com a da geração anterior. Vergonhoso.

Se dúvidas houvessem, elas dissiparam-se; a democracia em Portugal, quando comparada com a de outros países da União Europeia, é podre, corrupta e ineficiente. Os nossos governantes, salvo raríssimas excepções, só não foram/são inaptos: em legislar - para proveito dos próprios e seus camaradas - reformas milionárias, subvenções vitalícias, mordomias indignas e a conceder cargos para os amigos, familiares, etc..


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

PlayList



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Nivelamento por Cima


Os troleicarros de Coimbra

Coimbra é actualmente a única cidade portuguesa com troleicarros (depois da sua supressão em Braga e no Porto), tendo a primeira linha entrado em funcionamento em 1947. Este facto, poderá parecer um assunto de pouca importância, mas tal não corresponde à verdade.

Cada vez mais os veículos eléctricos são vistos como o futuro, aliás nos veículos a célula de combustível de hidrogénio a energia mecânica provem de um motor eléctrico.

Os troleicarros apresentam inúmeras vantagens face ao vulgar autocarro, tais como: silêncio de rolamento; o preço da electricidade é mais estável que o do petróleo; elevada durabilidade; não liberta gases; não emite odores; maior capacidade de aceleração, etc..



É óbvio que para gerar electricidade, no caso da energia não ser proveniente de fontes renováveis, há libertação de gases; mas grande parte da electricidade em Portugal provem de energias renováveis e nos casos em que tal não acontece as centrais de produção encontram-se afastadas dos centros urbanos, o que só por si já é vantajoso.

Outro aspecto da maior importância reside no facto de Portugal já ter fabricado troleicarros, produzidos em conjunto pela Salvador Caetano e Efacec.

Tendo em conta tudo o que se expôs e que os transportes de Coimbra, ao contrário do Porto e Lisboa, não recebem elevados subsídios do Estado, conclui-se que a cidade de Coimbra está claramente a nivelar-se por cima.


domingo, 10 de fevereiro de 2008

Realidade versus Ficção (longínquas semelhanças)


Playtime (Jacques Tati) 1967


Existem filmes em que o sonho se confunde com a realidade, por outro lado, existem realidades que, vistas à distância, parecem sonhos que nunca foram realidade.

Deveras excepcional a qualidade arquitectónica das imagens, esplêndidos exemplos da arquitectura moderna e do seu estilo de vida.

Em que estará a pensar o Sr. Hulot? Em que estariam a pensar os portugueses? Estariam ambos alienados da realidade? Talvez. A diferença é que na realidade, ao contrário dos filmes, não podemos estar alienados.

(Apesar das semelhanças a foto de cima não pertence ao filme Playtime mas sim a Angola ano 1971)


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

PlayList



terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Serra da Estrela - Barragem da Lagoa Comprida







União perfeita entre a estética, a técnica, a natureza e a geração de riqueza.

Um belíssimo cenário para um futuro filme do agente secreto britânico James Bond.

(Fotos obtidas em 4 Fev. 2008)


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

USA 2008 - John McCain



A minha escolha para as eleições americanas de 2008 é John McCain. Num momento difícil para o "western way of life", é indispensável colocar pessoas no poder que tenham experiência e saibam tomar as "tough decisions" que os EUA precisam de tomar já, agora. Sustento a minha escolha em McCain com base numa série de questões chave.

A guerra no Iraque, uma aventura mal pensada e sobretudo mal preparada, precisa de uma nova liderança com uma nova credibilidade por parte do Governo americano. E como já referi, essa nova liderança terá de tomar decisões difíceis. A primeira medida é retirar as tropas do Iraque só depois de estabilizado o país, o que pode levar 2 anos ou 10 anos. Uma redução progressiva ao longo de uma década parece-me a decisão mais sensata. O Iraque, como está actualmente, cai facilmente nas mãos de milícias ou de grupos armados religiosos, caso não tenha um governo apoiado por tropas e dinheiro americano. E o desfecho de uma retirada das tropas rápida será inevitavelmente esse. E isso seria desastroso para a região. Colocaria o Iraque provavelmente em guerra civil. Ou então reforçaria um estado iraquiano assente numa teocracia religiosa xiita aliada com o Irão. Só é possível evitar esta evolução desastrosa para o Médio Oriente com decisões difíceis, que implicarão a morte de mais soldados e uma manutenção de gastos elevados na guerra, na construção de infraestructuras e na formação de polícias e pessoal qualificado. Não acredito que discursos carregados de "Hope" e de "Change" cheguem para tomar as medidas que se exigem para a resolução de problemas de longo-prazo.

Sobre a questão da imigração nos EUA, Mitt Romney tem posições ridículas e indefensáveis, contra o próprio espírito dos founding fathers e da génese de imigração dos EUA. A posição claramente defendida por Romney de expulsar todos os imigrantes ilegais dos EUA, mesmo aqueles que estão há mais de 5 anos no país a trabalhar e já têm filhos, ou mesmo aqueles cujos filhos são americanos e já estão a estudar ou a trabalhar, parece-me absolutamente surreal. É um ataque aos que querem trabalhar nos EUA e não tiveram possibilidades de o fazer legalmente, mas querem fazê-lo agora. A posição de McCain é mais sensata. Os imigrantes ilegais estabelecidos no país (exceptuando os criminosos) podem pagar $3.ooo dólares por um visa e têm a sua permanência garantida.

Quanto à economia, as ideias gerais de Ron Paul e de John MacCain agradam-me. Menos gastos orçamentais, menos impostos, menos estado na sociedade, menos regulações, direitos fundamentais de propriedade. As ideias de Hillary Clinton de "congelar" as taxas de juro do mercado subprime por 5 anos são um péssimo sinal de intervenção estatal na economia. Se o crédito foi disponibilizado a famílias que não tinham recursos para os pagar, isso deve-se ao baixo preço do dinheiro e a expectativas goradas de crescimento dos preços do mercado imobiliário. Estou certo que a informação disponibilizada sobre o risco desses empréstimos (em conjunto com as hipotecas) foi esclarecedora. A ideia deveria ser esclarecer as pessoas o mais possível e não permitir aos bancos operações menos transparentes e puni-los por isso. Em vz disso, Hillary propõe uma intervenção total no mercado, regulando-o por cima, sem deixar grande margem aos bancos no subprime.

Sobre a questão da saúde, muito sensível para os norte-americanos, a disponibilidade de serviços gratuitos de saúde varia muito de estado para estado. Mas os actuais serviços nacionais gratuitos, o Medicare e o Medicaid, apenas abrangem os mais idosos e os chamados "indigentes". Aqueles que estão fora destas categorias, se querem ter serviços de saúde, têm de comprar um seguro de saúde, naturalmente caro. Os que não têm seguro de saúde, tem dificuldades em obter cuidados médicos (embora varie de estado para estado). Hillary Clinton propõe uma série de medidas com vista a tornar a prestação de cuidados de saúde universal e gratuita. Se essa medida for exequível, certamente que o sistema de saúde americano servirá de referência. Os ricos terão acesso, com muitos $$$, à melhor medicina do mundo, os pobres terão cuidados básicos de saúde. Os republicanos, em vez de se manterem inflexíveis face a estas propostas, poderiam tirar ilacções sobre elas. Nomeadamente, John MacCain, que tem muita sensibilidade para estas questões.

John MacCain é o melhor candidato. Nunca se mostrou servil ao Partido Republicano, vota de consciência mesmo que seja contra o próprio partido, não se mostrou de acordo com George W. Bush em várias questões de política externa, nomeadamente Guantanamo, e tem um passado que o honra. Talvez por ser um desalinhado, não tem o apoio de muitas estruturas no Partido Republicano. Mas o que fazem mais os desalinhados senão pensar pela própria cabeça?


domingo, 3 de fevereiro de 2008

Observações - A ética republicana


1) Louvo a discussão que se tem realizado na blogosfera e nas televisões sobre o regicídio. Para desmitificar e clarificar esta discussão o papel de Rui Ramos foi decisivo. Em vez de mandar achas para a fogueira e insinuações irrelevantes, tem estudado a matéria e contribuído para um debate sério e isento e, sobretudo, para a revelação de muitas verdades escondidas pela "ética republicana". A ética republicana que conduziu o país a um período de desordem e pântano político e culminou no 28 de Maio. A tal ética que ainda hoje nos representa no pior da governação. Por outro lado, acho que a discussão sobre um sistema monárquico/parlamentar em oposição ao sistema presidencialista/parlamentar, não faz hoje, qualquer sentido. O nosso sistema precisa de ser moldado e não alterado. Os defeitos da governação monárquico/parlamentar do século XIX são idênticos ao actual sistema. E, para o país que temos, tem funcionado razoavelmente bem quando os políticos são razoavelmente bons.

Para um debate sério, era necessário que a monarquia tivesse representantes (oficiais) credíveis. Mas não tem. Preferem dedicar-se aos fados e às touradas. Quanto muito, poderiam contribuir apenas para uma evocação merecida dos feitos da monarquia, que no fundo é a nossa história, e uma memória da morte do rei D. Carlos e do desastre que se sucedeu. Mas não o faz. Quem o faz melhor é Cavaco Silva, que acima de tudo, honra a nossa história. A resposta da ética republicana vem através do ministro da Defesa, Severiano Teixeira, e do Bloco de Esquerda, que viram as costas ao país e à sua representação oficial durante mais de 700 anos.

2) As recentes declarações de Marinho Pinto não são mais do que frases feitas 100% verdadeiras, mas que acabam sempre sem investigações, sem denúncias, inconclusivas, e sempre com os do costume a pedir nomes e provas concretas. Estes que pedem nomes, deveriam ser os primeiros a dar o seu nome, não fossem eles parte da prova.

Quero acreditar que este Procurador Geral da República será responsável por analisar e tirar conclusões, ou seja, iniciar investigações que terminem com dados concretos, sobre estes casos e muitos outros que têm sido levantados por denúncia, ou por declarações públicas sem target específico. Mas um país que não teve, durante o período de democracia pós-25 de Abril, qualquer político (deputado ou membro do governo) julgado por corrupção, não pode acreditar seriamente nas suas instituições. É esta a ética republicana que temos.


sábado, 2 de fevereiro de 2008

A classe dos famosos porque são...famosos


É triste observar que quem tem ainda uma ínfima possibilidade de seguir uma carreira séria de representação, resvala rapidamente para o mediatismo e para a fama fácil. A fama que, por algum tempo, serve para "aparecer" em algumas discotecas em acções de "promoção", dar umas entrevistas nas revistas "cor-de-rosa" sobre hobbies e assuntos clichés, e muitas outras "actividades e projectos" que apenas levam a dinheiro fácil e popularidade por motivos exclusivamente físicos. Uma popularidade que acaba por ser adornada e renovada com uma série de liftings, silicones e outros artificialismos vários.

Já não se fazem artistas como James Dean ou Marilyn Monroe. Eles sim, tinham de batalhar à séria para singrar nos palcos da Broadway ou nos estúdios de Hollywood.


Reconhecimento, só para alguns.

Em vez de monopolizar as notícias e as referências dos feitos de alguns (Cristiano Ronaldo, Vanessa Fernandes), a comunicação social bem podia dar mais atenção aos feitos de outros, como é o caso de Álvaro Parente.

Depois de ganhar o campeonato britânico de F3 e a competição "World Series Renault 2007", Álvaro Parente prepara-se para correr na equipa Super Nova no campeonato GP2. Para isso, este jovem piloto de 23 anos precisa de arranjar financiamento, que se estima ser de 1 milhão de euros para uma temporada na GP2.

Depois de elogiado publicamente por Flavio Briatore, o director desportivo da Renault, Álvaro Parente já pensa na Fórmula 1. É tempo de Portugal dispôr de um conjunto de pilotos de nível mundial, que possam singrar nas competições mais importantes da FIA (Federation Internationale de l'Automobile). Nomeadamente, no campeonato do mundo de ralis, na Fórmula 1 e no WTCC.


Projectos de José Sócrates (primeiro-ministro de Portugal)

Que tal a ideia de lançar uma colecção de cromos, em envelopes surpresa, com fotos dos edifícios projectados por José Sócrates? Obras-primas da engenharia civil e arquitectura.

Aceitam-se sugestões para o título da colecção.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Arquitectura de qualidade


Frank Lloyd Wright’s Fallingwater, no Inverno.