segunda-feira, 13 de julho de 2009

Política à Portuguesa



“O Ministério Público prepara-se para investigar a prorrogação por 27 anos do contrato de exploração do terminal de contentores de Alcântara, concedida em Outubro de 2008 pelo Ministério das Obras Públicas à Liscont


Fonte: Jornal de Negócios on-line, 13 de Julho 2009


Parece que temos mais um negócio mal-explicado entre mãos.

Na sequência de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas, o Ministério Público estará a preparar-se para levar a cabo uma investigação acerca do negócio supracitado, exisitindo indicações preliminares de que os interesses do Estado não terão sido salvaguardados.

O Ministro, em sua defesa, alegou que “o Governo tinha três opções: rescindíamos o contrato em execução, indemnizando o concessionário e abrindo um novo concurso, ou atrasávamos o processo, esperando pelo fim da concessão, mas assim haveria uma perda de competitividade do Porto de Lisboa. Ou então fazíamos uma negociação com vista ao prolongamento do contrato. Na comparação das três soluções, esta foi inequivocamente a que melhor defendia o interesse público".

Ora, o que me faz ficar de pé atrás em relação a esta explicação são dois factos:

• Trata-se [a Liscont] de uma empresa pertencente ao Grupo Mota Engil, a qual é dirigida pelo socialista Jorge Coelho;

• A extensão da concessão foi feita sem concurso público, tendo por base projecções económicas duvidosas.

Aguardamos desenvolvimentos...