ELLE UK, May 2008
Declara Rui Reininho, membro do grupo de música GNR, no Jornal Público de 28 Abril de 2008 : «-detesto o que fizeram ao Jardim da Cordoaria e à Avenida dos Aliados. E à minha praia de Leça da Palmeira, que é agora uma auto-estrada, sem uma sombra onde os passarinhos possam pousar, onde a gente possa escrever o nome da pessoa amada numa árvore.».
Av. dos Aliados (Praça principal da cidade do Porto)
Depois da intervenção do Arq. Siza Vieira, concluída em 2006
Antes da intervenção
Imagens retiradas do Blog A Cidade Surpreendente
Lobo
A propósito do Dia da Terra que se comemora hoje, importa analisar, de forma objectiva, a política de transportes em Portugal nos últimos anos. Será que existe?
Vejamos os seguintes quadros, que ilustram a evolução da energia consumida por modo de transporte, 1990-2004 (em milhares de ton.),
(Fonte: Panorama of Transport, Eurostat Statistical Books, European Commission, 2007, ISBN 978-92-79-04618-6)
O transporte individual cada vez assume maior protagonismo, em detrimento de transportes públicos; o comboio, que já era pouco usado, teve uma diminuição de 18% (ao contrário da média Europeia que aumentou); o avião teve um aumento previsível; o transporte em rios/lagos qualquer dia extingue-se.
Como é possível tanta incompetência? Quando é que os nossos governantes vão começar a ser responsabilizados por tanta incapacidade?
Geradores eólicos que se movem com vento proveniente de qualquer direcção.
Jornal Destak, versão on-line, Quinta-feira 17 Abril de 2008
«Quando nos puxam pela língua, acontece-nos isto: de repente, este país pachorrento e decadente revela-se uma potência beligerante, ciosa das suas aquisições e decidida a novas conquistas. Sim, porque através da "pátria" de Pessoa, nós somos grandes. Tal como a casa da velha canção brasileira, o nosso "império" não tem soldados, nem dinheiro, mas é feito com muito esmero - da língua que outros usam na América, na África e (segundo gostamos de acreditar) na Ásia. E assim prosseguimos a nossa expansão ultramarina, por mais que ninguém dê por isso.»
«Não nos fica mal desejarmos ser muito mais do que aquilo que somos. O que talvez seja menos recomendável é o modo como usamos esta grandeza imaginária para nos pouparmos ao reflexo da nossa realidade. A Europa pesa cada vez menos no mundo, e Portugal pesa cada vez menos na Europa.»
Extraído de um artigo de Rui Ramos, intitulado O nosso império é a língua portuguesa, no jornal Público de 16 abril de 2008.
António Barreto no jornal Público
Sobre o livro Holocausto em Angola, de Américo Cardoso Botelho, 2007, escreve António Barreto, no jornal Público, de 13 de Abril de 2008:
«O livro é surpreendente. Chocante. Para mim, foi.»
«Que sucederia se, de hoje para amanhã, retirássemos as tropas que mantemos no ultramar? Sucedia que os grupos terroristas, à solta, redobrariam de violência e procurariam aproveitar o campo deixado aberto para exercer todas as vinganças, represálias e coacções que lhes assegurassem o domínio tirânico da terra, e da gente que a povoa.»
Universidade Lisboa
De acordo com o jornal Expresso de 5 de Abril de
O jardim que chegou a ter quinze jardineiros, actualmente, tem apenas três! A situação é inquietante. Como se isto não bastasse, para arranjar verbas, querem abrir no jardim um café, um restaurante e imagine-se transformar o edifício onde está parte da biblioteca num espaço habitacional, hotel ou centro de artes. Absolutamente degradante.
Reitero aquilo que escrevi neste blog em 15 de Fevereiro de 2008:
«A democracia em Portugal, quando comparada com a de outros países da União Europeia, é podre, corrupta e ineficiente. Os nossos governantes, salvo raríssimas excepções, só não foram/são inaptos: em legislar - para proveito dos próprios e seus camaradas - reformas milionárias, subvenções vitalícias, mordomias indignas e a conceder cargos para os amigos, familiares, etc.. »
«…mas portanto de facto lá vou fazendo a minha vidinha o melhor que sei o melhor que sei…»
(Nota: atendendo aos gaguejos emitidos optou-se por não colocar pontuação)
António Lobo Xavier (membro de um partido político português) no programa de televisão Quadratura do Círculo, Canal Sic Notícias, 9 Abril de 2008.
Em 1970, durante o governo de Marcello Caetano, a Força Aérea Portuguesa adquiriu 13 helicópteros “Sud Aviation-330 Puma”.
Em 2005 começaram a chegar os 12 helicópteros “EH-101 Merlin”, para substituir os “SA-330 Puma”.
Em Novembro de 2006 helicópteros “SA-330 Puma” foram desactivados.
Actualmente, de acordo o Jornal de Notícias de 8 de Abril de
Aparentemente (com base nos factos descritos), o rigor, o profissionalismo, a sabedoria, são nesta área, em Portugal, coisas do passado.
«O que também é difícil em nós é também isso: compreender o nosso horizonte de possibilidades. Às vezes é necessário concentrarmo-nos em nós e isso dá trabalho. Dá trabalho existir.»
Xana, do grupo de música português Rádio Macau.
(Fonte: Jornal Sexta, 4 de Abril de 2008)
Muito se tem falado, recentemente, sobre a questão dos acidentes nas passadeiras em Portugal. Na minha opinião, para além das penas por condução sem carta, sem seguro e alcoolizado serem muito reduzidas, existe outra razão para a elevada taxa de insegurança (quando comparada por exemplo com a do Reino Unido), da maior importância, que é a seguinte:
Quem decide a localização e respectivos equipamentos de segurança de uma passagem de peões?
Aqui ficam alguns candidatos:
- Designers
- Arquitectos
- Arquitectos Paisagistas
- Arquitectos de Interiores
- Pintores de estradas
- Presidentes de Juntas de Freguesia
- Vereadores de Câmaras Municipais
- Engenheiros de Tráfego
- Engenheiros Civis
- Engenheiros Rodoviários
- Engenheiros de Vias de Comunicação
- Engenheiros Electrotécnicos
- Engenheiros Mecânicos
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Aqui fica a advertência: existem, em Portugal, inúmeras passadeiras, que em caso de choque com o peão o condutor não deverá ser responsabilizado, visto que a sua localização vai contra os mais elementares princípios da Engenharia de Segurança Rodoviária. Nesta circunstância, a responsabilidade deverá ser da entidade gestora da via. Acima de tudo muito cuidado ao atravessar, seja qual for a situação.