terça-feira, 15 de abril de 2008

Caso Mota-Engil

A questão da ida do Dr. Jorge Coelho para a Mota Engil é um caso normal em democracia, infelizmente. Este caso tem tanto de escândalo como o convite a Tony Blair para ser adviser da JP Morgan. Não vale a pena tecer considerações moralistas sobre este caso quando se sabe que muitas destas negociatas ocorrem em privado, no mais absoluto segredo. Assim, com este convite, sabemos quais são as intenções e o método. O mercado deu instantaneamente a resposta.

Veja-se, a título de exemplo, a importância da Nokia na estratégia política da Finlândia, ou a enorme protecção dada às empresas francesas pelo respectivo governo. Aí, pelo menos, o lobbying é público e assumido.


2 Comentários:

Às 15 de abril de 2008 às 21:42 , Blogger Nuno Castelo-Branco disse...

O problema é mesmo esse, porque aqui tudo fica na semi-obscuridade de alegados interesses inconfessáveis. No entanto, existem fortes indícios: lembra-se da "embaixada dos bancos" a Jorge Sampaio? Conseguiram a dissolução da AR. Apenas porque sabiam que os impostos sobre o sector iriam aumentar.

 
Às 16 de abril de 2008 às 09:42 , Blogger Gonçalo Pereira disse...

Sobre o caso da "embaixada dos bancos", foi considerada como uma reunião de aconselhamento e rotina para ouvir os "agentes económicos" do país. No entanto, facilmente controlavam o anterior governo como o actual. Nesse caso, parece-me que queriam estabilidade governativa. E tiveram-na. Veja-se a inoperância do Banco de Portugal como regulador financeiro.

 

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