terça-feira, 22 de abril de 2008

Transportes em Portugal

A propósito do Dia da Terra que se comemora hoje, importa analisar, de forma objectiva, a política de transportes em Portugal nos últimos anos. Será que existe?

Vejamos os seguintes quadros, que ilustram a evolução da energia consumida por modo de transporte, 1990-2004 (em milhares de ton.), em Espanha, Portugal e Reino Unido.





(Fonte: Panorama of Transport, Eurostat Statistical Books, European Commission, 2007, ISBN 978-92-79-04618-6)

O transporte individual cada vez assume maior protagonismo, em detrimento de transportes públicos; o comboio, que já era pouco usado, teve uma diminuição de 18% (ao contrário da média Europeia que aumentou); o avião teve um aumento previsível; o transporte em rios/lagos qualquer dia extingue-se.

Como é possível tanta incompetência? Quando é que os nossos governantes vão começar a ser responsabilizados por tanta incapacidade?


1 Comentários:

Às 18 de abril de 2011 às 12:36 , Blogger Philipp disse...

Não tenho dados que possa suportar o que vou dizer, mas estou convencido que a culpa deste decréscimo da energia consumida nos caminhos de ferro é pela fraca capacidade de gestão dos vários responsáveis pela rede ferroviária portuguesa. Digo isto porque constato que, regra geral, a solução que a refer encontra para uma linha que está em franca perda de cliente e rentabilidade é o simples encerramento da mesma. Ora, isto tem contribuído para a redução da oferta de serviços por parte dos nossos caminhos de ferro e, logo, cada vez menor atractividade para os potenciais utentes.
Gostava de deixar escrito que, a continuar esta política de "encerramentos" a linha do Douro entre a Régua e o Pocinho vai fechar em breve. Muito devido ao encerramento da linha do Tua. A linha do Douro está condenada à insustentabilidade económica.
Só não fecham as linhas de Vilar Formoso e do Minho porque são linhas internacionais.
Quer me parecer que os gestores, ou os sucessivos governos, não souberam ou não quiseram evoluir a rede e o serviço ferroviário em sintonia com o boom rodoviário. É óbvio que o transporte rodoviário é hoje mais eficaz que o ferroviário. E o que é que o governo e a Refer fazem? Encerram linhas na ilusão que assim vão conseguir manter a empresa de pé.
Parece-me que deviam ter extendido a rede, torna-la mais rápida, segura e coordenada de maneira aumentar a sua competitividade face à rodovia.

 

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