Avisos de Alan Greenspan, ex-presidente da FED

Neste contexto de crise financeira mundial, é necessário actuar com cautela. E a conjuntura desta crise do sub-prime é muito diferente da situação, por exemplo, do default russo em 1998. Enquanto nesse período havia margem para descer taxas de juro e assim aumentar os níveis de liquidez do mercado, agora não há margem para tais descidas. O baixo custo do dinheiro nos últimos anos criou inevitavelmente pressões inflacionistas que se sentiram no mercado imobiliário e em especulação bolsista. E esta resposta negativa e global dos mercados financeiros parece mais forte do que uma mera correcção de preços. Alan Greenspan responde a esta questão com um aviso muito concreto. Afirma que os bancos centrais vão sentir muitas dificuldades em manter as taxas de juro baixas e que, por esse motivo, as pressões do poder político se vão acentuar. As pressões inflacionistas provocadas por aumentos de preços do petróleo contribuem para esta inflexibilidade da taxa de juro. Estamos portanto, segundo Alan Greenspan, perante uma nova fase em que as consequências das crises financeiras serão maiores e implicarão outros mecanismos de resposta. "The Age of Turbulence", recomendado.
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