Mundo actual (VII) - Palestina

Não consigo imaginar a paz no território Palestiniano sem a erradicação total do Hamas e do Hezbollah. A presença e a provocação constante de duas organizações armadas junto das fronteiras com Israel simplesmente levam este país a retaliar. E, naturalmente, a retaliar com a violência legítima (por vezes exagerada, admito) de quem vê a sua fronteira atacada diariamente por rockets vindos do Sul (Faixa de Gaza) e ameaças constantes vindas do Norte (Líbano). Todos os esforços por parte do Egipto, um país que se tem comportado de forma responsável em conjunto com a Autoridade Palestiniana, não têm qualquer impacto na cena internacional. Sobretudo porque os esforços egípcios não são sequer alvo de discussão pelo Hamas e o Hezbollah, que são orientados e apoiados (na logística e financeiramente) pelo Irão e pela Síria. A esquerda selectiva e comprometida esquece-se que a proposta de cessar-fogo egípcio não foi aceite pelo Hamas e que, do ponto de vista desta organização, os combates devem continuar até que Israel sofra uma dura derrota.

Israel, atacada por várias nações árabes em 1948 e 1967, respondeu duramente a esses ataques. Caso não o tivesse feito, provavelmente não existiria. Este exemplo reforça a minha ideia de que a questão da proporcionalidade é simplesmente ridícula. É um argumento falacioso ainda mais quando o Hamas utiliza civis como escudos humanos e bombistas suicídas. É hipócrita porque se passa muito pior actualmente no Darfur e no Congo e essas populações não têm 1/10 da atenção mediática, do apoio humanitário e da solidariedade internacional.
(Continua)
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