domingo, 2 de dezembro de 2007

Sida: não esqueçamos que o problema existe.

Nunca é demais lembrar uma questão que não parece ter solução à vista, a transmissão de HIV e a morte provocada pela sida. Um problema que se estende em África (ver quadro abaixo) e no Sudoeste Asiático sem qualquer controlo, a nível de novas infecções e de novas mortes. Uma doença, que pela vergonha e exclusão social que traz ao visado, permanece muitas vezes escondida, pelo que não nos permite ainda ter estatísticas muito fiáveis, porque só contam com os casos notificados. Todos os fundos necessários devem ser gastos na prevenção e investigação científica para a detenção do vírus HIV. Todo o dinheiro deve ser gasto no tratamento dos doentes com sida, visto que esse tratamento tem contribuído com muito sucesso para a diminuição do número de mortes de infectados com sida na Europa Ocidental e nos EUA. O Estado deve intervir, regra geral, apenas na protecção dos mais desfavorecidos que não têm outra forma de se sustentar na sociedade. Os doentes com sida merecem essa distinção.





























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Fonte: UnAids, World Health Organization.

Em Portugal, um dos países com maior incidência relativa na Europa de novos casos de infecção do vírus HIV em 2006 (2162), e com maior número total relativo de casos de HIV + Sida notificados (31677, o que corresponde a cerca de 0,4% da população total), a questão deve ser levada muito a sério (ver quadro abaixo). Até porque a representatividade dos grupos de risco se tem alterado progressivamente, e é necessária uma adaptação a essa nova realidade. A transmissão por via de relação entre heterossexuais representa cada vez maior percentagem nas novas infecções de HIV. A segunda categoria, a transmissão por via de partilha de seringas entre toxicodependentes, tem vindo a perder protagonismo face à década desastrosa de 90, embora ainda se mantenha uma causa de preocupação, principalmente em Portugal e Espanha. O HIV também não escolhe classes sociais, todas são afectadas.














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Fonte: Instituto Ricardo Jorge