domingo, 23 de dezembro de 2007

BCP/Governo

A coincidência da tomada de posição vigorosa do Banco de Portugal (demasiado politizado há muito tempo) na investigação do BCP e na reunião com os principais accionistas do banco, com a possível entrada de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara na administração do BCP, não deve passar despercebida. No entanto, a escolha dos accionistas de um banco é livre, perfeitamente livre. E não é um partido da oposição que discute ou avalia os propósitos dessa "eventual" aproximação entre a CGD e o BCP. Deve sim respeitar a escolha de accionistas de um banco privado.

Se a aproximação entre o BCP e o PS é real, tenho dúvidas. Mas não garanto o contrário. Simplesmente, a escolha deve ter em vista a criação de valor para o banco. Se for esse o propósito, não é discutível a escolha dos accionistas.

Uma aproximação entre a CGD e o BCP resume-se à participação que a Caixa tem no BCP. Os dois bancos estão em concorrência directa, por isso não vejo de que forma se poderiam aproximar.