Zapatero e a mania de reescrever a história
O governo de Zapatero, através da nova lei de "memória histórica", segue um caminho que considero perigoso e irresponsável. Esta lei tem como objectivo honrar as vitimas da ditadura de Franco e da guerra civil que o levou ao poder. 22 anos depois da morte de Franco e 68 anos depois do final da guerra civil, o governo socialista optou por acordar os fantasmas de um país ainda muito dividido. Aliás, Zapatero parece ser perito nisso, depois de brincar às autonomias. O que o primeiro-ministro espanhol não entende, ou prefere fechar os olhos, é que a transição democrática em Espanha foi bem sucedida em grande parte devido ao "pacto de esquecimento", que assegurou aos oficiais de Franco amnistia judicial. E os efeitos desta nova lei são contrários à mensagem transmitida pelo pacto de esquecimento. Por outro lado, o Vaticano, pressionado pelos bispos espanhóis (outrora próximos do franquismo), beatificou 498 católicos que tinham sido mortos pelos republicanos antes e durante a guerra civil. A igreja católica rapidamente lembrou a parcialidade de Zapatero, que honra apenas aqueles que lhe convem.
Zapatero, mais uma vez, demonstra que prefere provocar em vez de respeitar os fundamentos da existência de Espanha.
Zapatero, mais uma vez, demonstra que prefere provocar em vez de respeitar os fundamentos da existência de Espanha.
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