domingo, 21 de outubro de 2007

Pinto Monteiro


Numa atitude revanchista, qual dom Sebastião, Pinto Monteiro dá uma entrevista ao semanário SOL onde afirma que o sentimento de impunidade da justiça acabou. Para o observador comum, nada podia estar mais longe da verdade. Mesmo que Pinto Monteiro diga que tudo o que recebe de suspeito remete para investigação, com Souto Moura acontecia o mesmo. Por isso era incómodo para muita gente. No entanto, para o observador comum, não basta que as provas suspeitas se dirijam para investigação. A desconfiança na justiça alarga-se a todos as outras fases, antes e durante o julgamento. Falando em casos concretos, o que vemos actualmente?

- O caso Casa Pia envolto em suspeitas e polémica por causa de alterações cirúrgicas no Código Penal, e pela duração interminável do processo.

- O caso Apito Dourado ainda por finalizar.

- A "investigação" duvidosa ao dossier da Universidade Independente e dos supostos favorecimentos a José Sócrates.

- O caso Portucale ainda por finalizar, com a sensação de que os reais culpados nem sequer vão ser punidos.

- Os casos dos autarcas Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Nuno Cardoso, e outros, sem avanços concretos.

Estes, e muitos outros casos, vieram para fora quando estavam encobertos. No entanto, depois da Universidade Moderna, não se assistiu ao julgamento de mais nenhum caso mediático. Ainda dá a sensação, ao observador comum, que "andam todos à solta".