quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O que Portugal representa para Espanha

- As únicas marcas que os espanhóis associam a Portugal: BES, CGD, Galp, Delta e Luís Simões.

- Cada português compra a Espanha anualmente cerca de 1500€ e vende 873€.

- Portugal representa para Espanha o seu quarto mercado receptor de produtos e bens e o seu oitavo fornecedor.

- Na área financeira, por exemplo, os bancos portugueses têm uma quota de mercado em Espanha de 0,5%, enquanto que os bancos espanhóis têm uma quota de mercado em Portugal na ordem dos 15%.

Fonte: Infobolsa


4 Comentários:

Às 11 de outubro de 2007 às 14:16 , Anonymous Anónimo disse...

Do ponto de vista económico tratam-se de números objectivos que reflecte a disparidade existente a esse nível.

Dito isto, penso que se analisarmos a relação Portugal/Espanha do ponto de vista político, constatamos que o nosso País assume um papel bastante importante aos olhos do poder central de Madrid.

E porquê?
Se considerarmos a instabilidade histórica verificada nas regiões da Catalunha e do País Basco, Portugal -sendo o País da Europa com fronteiras definidas há mais tempo - acaba por ser o vizinho perfeito na óptica de não levantar mais ondas.

Por outro lado (vide Vivo), cada vez mais Espanha vê Portugal como uma porta de entrada no mais do que apetecível mercado Brasileiro. Ainda para mais quando há ganhos advenientes de economias de escala regionais, quando as empresas Espanholas têm uma presença forte na América Latina.

Continua o bom trabalho com o blog.

Cumps

 
Às 11 de outubro de 2007 às 22:27 , Blogger Gonçalo Pereira disse...

Há sempre múltiplas abordagens em que podemos apontar vantagens e desvantagens tanto para Portugal como para Espanha. Mas como foi formada a nossa fronteira e independência? Precisamente pela resistência a Espanha. Nesta questão fomos muito melhores. E temos a melhor localização possível para uma cidade, a de Lisboa.

Acredito que Espanha retire sucesso das autonomias das suas regiões. Um tipo de federalismo que fomenta a competição e a auto-subsistência de cada região. Possivelmente, devíamos encarar a regionalização como hipótese. Mas as pessoas não deixam de ser as mesmas...

 
Às 11 de outubro de 2007 às 23:39 , Anonymous Anónimo disse...

Defendendo de forma intransigente a nossa independência nacional, é cada vez mais evidente e incontornável a existência para "o mundo lá fora" de uma entidade económica chamada "Ibéria". Portugal não tem nada a perder com isso. Deve antes assumir essa circunstância e ver a Península Ibérica com o seu espaço natural de expansão e desenvolvimento.

A nossa identidade e independência são culturais e históricas. É na protecção, reforço e consolidação da nossa cultura e da nossa história e na adaptação a uma nova realidade económica em que as fronteiras são outras que temos que apostar.

Não em medir o vizinho.

 
Às 14 de outubro de 2007 às 22:37 , Blogger Gonçalo Pereira disse...

Pois, mas compete a nós não deixar que a nossa cultura entre em declínio. Por isso, é essencial que a língua portuguesa seja promovida, que os emigrantes sejam apoiados pelos sucessivos governos, que se mantenha uma soberania real face à UE e que se lute pela nossa agricultura e indústria nas negociações internacionais. Por outro lado, temos de aproveitar a globalização como veículo transportador dos nossos produtos. Tenho dúvidas numa viabilidade da entidade Ibéria. Quem investe em Espanha, na maioria das vezes, não considera investir em Portugal. Espanha foi o país do mundo que recebeu mais turistas em 2006. Tirámos benefícios disso?
Se basta instalar uma sucursal em Madrid para servir o mercado ibérico, podemos estar satisfeitos?
Apesar da proximidade, não me parece que tenhamos beneficiado com a associação a Espanha, como acontece entre a Bélgica e a França ou entre a Irlanda e o Reino Unido.

 

Enviar um comentário

<< Página inicial