domingo, 14 de outubro de 2007

Notas sobre o congresso do PSD (I)

Zita Seabra:

Onde está o poder, está a Zita. Impressionante.
Saiu no momento certo do Partido Comunista. Mudou-se de fé, muita fé, para o PSD na era cavaquista. Não seguiu a tendência normal dos "renovadores" do PCP, que optaram maioritariamente pelo PS na década de 80. Optou sim por uma ideologia completamente diferente, mas já com o discernimento da idade e não nos desvarios da juventude. De forma genuína ou pragmática? Zita já defendeu muita coisa e o seu contrário: da economia centralizada para uma economia liberal de mercado, da defesa da URSS para um pensamento pró-ocidental e pró-EUA, da defesa da IVG para a santidade da Opus Dei e do não ao aborto, dos contratos vitalícios para os contratos a prazo, da saúde gratuita para as taxas moderadoras. Estaria aqui um dia a escrever.

Zita Seabra no congresso:

De indefectível a Marques Mendes, passa a ser vice de Luís Filipe Menezes. Pessoas assim podem ser espertas, mas já não enganam ninguém.