sábado, 8 de setembro de 2007

França como potência energética


Esta fusão entre a Gaz de France e a Suez, apoiada por Sarkozy, vai dar origem a uma mega empresa, a terceira maior utility europeia, nas áreas da energia, gás e electricidade. Por um lado, é um sinal da política nacionalista com o cunho de Sarkozy e concretizada em grandes participações estatais na GdF/Suez e na EdF. Por outro, a França adopta uma estratégia de grande potência energética mundial, através da EdF e da GdF/Suez na electricidade e gás, da Total no petróleo, e da Areva no nuclear. A um nível europeu, este negócio tem todas as vantagens. Sobretudo se impedir que a Gazprom da Rússia e a Sonatrach da Argélia tenham ainda maior importância no fornecimento de matérias-primas para o continente europeu. A atitude relativamente pacífica da Comissão Europeia em relação a este negócio é por isso justificada por uma necessidade de travar a dependência europeia face a gigantes como a Gazprom.