terça-feira, 28 de agosto de 2007

Sarkozy


Uma das grandes vantagens de Sarkozy, apesar de em algumas questões não concordar nada com ele, é a de falar claro e de não ter receio de dizer o que pensa. Esta atitude contrasta claramente com os antecessores, habituados a ter um discurso de pacifismo para as Nações Unidas e, regra geral, contra os EUA, e outro discurso radicalmente diferente para os ditadores "amigos", especialmente em África. Este percurso dualista parece ter sido afastado por Sarkozy. Pelo menos, em relação ao Irão, Sarkozy afirma que "um Irão equipado com armas nucleares é inaceitável". Assim, e só assim, a França ganha credibilidade num contexto mundial. Denunciar o que é preciso denunciar, apoiar quando esse apoio é indispensável. A recente visita do ministro dos negócios estrangeiros francês ao Iraque é um sinal dessa nova política (apesar das declarações disparatadas).

Subsistem porém duas opções de Sarkozy, que falarei mais adiante, com as quais nada concordo: as pressões claras sobre o BCE em matéria de política orçamental e monetária; as posições sobre a entrada da Turquia na UE.