domingo, 26 de abril de 2009

Europeias (I)

Com as eleições europeias à porta, o argumento apresentado de que só se devem discutir assuntos relacionados com a Europa é enganador e é propositada a vontade de omitir os problemas reais do país por parte do PS, sobretudo a poucos meses das eleições legislativas. Para os partidos da oposição, o interesse do debate pré-eleitoral está na discussão do país, porque o país está mal e precisa de reformas estruturais. Precisa de se preparar para uma época prolongada de recessão, de dívida externa paga com juros altos e de aumento de desemprego. E a "discussão europeia" não pode deixar de tocar nestes assuntos. Gostaria de ver uma discussão rigorosa e um escrutínio à políticas de obras públicas (faraónicas?) do governo, à política energética do país e na tomada de medidas para aliviar a crise financeira nas empresas e nos desempregados. Já não falo da Saúde e Educação, áreas onde o Governo não tocará nos próximos meses por motivos eleitoralistas e se limitará a gerir expectativas. Paulo Rangel está bem colocado para lançar estes temas para a ribalta, e parece-me bem preparado para os discutir com seriedade e bom senso. Veremos.