sexta-feira, 14 de março de 2008

In perpetuam rei memoriam


Nacionalizações em Portugal

Foi no dia 14 de Março de 1975 que se operou, em Portugal, um dos momentos mais sombrios da história da sua História: a primeira grande vaga de nacionalizações, que se iria prolongar até finais de 1975.

As nacionalizações resultaram num fracasso. Mais tarde o Estado acabaria por reprivatizar muitas das empresas nacionalizadas, sobretudo as que ainda davam algum lucro acabando, algumas, por ser vendidas a estrangeiros.

Ainda hoje se fazem os efeitos das nacionalizações na nossa economia, basta ver gráficos de indicadores económicos desde 1950 até ao presente. Portugal, hoje, tem falta de capital e de grandes empresários e, parte, por culpa do aniquilamento efectuado no ano de 1975.


Para finalizar aqui fica um texto retirado do Jornal Expresso (suplemento de Economia), 29 de Setembro de 2007:

«As propriedades destas duas famílias, à semelhança de milhares de outras por todo o país, foram intervencionadas pelo Estado em 1975, no auge da Reforma Agrária. Os seus donos, na sequência destes acontecimentos pós-revolucionários, sem nada para gerir, sentiram-se na necessidade de sair do país.

“A terra a quem trabalha” era um dos «slogans» de então. O cantor Sérgio Godinho imortalizou o momento numa das suas músicas mais conhecidas, questionando: “Ó meu caro, vamos lá pôr os pontos nos is!/De quem são os campos deste país?/De você que diz que são seus porque os herdou /ou daquele que neles sempre trabalhou?” A música ficou, mas o modelo de gestão defendido não haveria de vingar