quarta-feira, 5 de março de 2008


O Blog Vantagem Comparativa atingiu ontem às 18h14m os 10.000 visitantes!

Obrigado a todos os que nos visitaram, às sugestões, às referências, às mensagens recebidas, aos blogs que colocaram links e a todos aqueles que directa ou indirectamente contribuíram para o consolidação deste blog.

Desde que surgiu em Julho de 2007 que o blog tem vindo a crescer nas suas múltiplas dimensões, e esperamos atingir, este mês, as 2.000 visitas.

Portugal vive actualmente um momento difícil: uma sociedade que cada vez mais se deixa enganar pelos políticos, que vive parcialmente alienada da realidade, fechada no seu microcosmos; uma economia que desde a entrada no Euro que está em recessão; a criminalidade e a delinquência que não param de aumentar, em parte, derivado de um Estado fraco; políticos – regra geral – reles e indignos dos nossos antepassados; uma paisagem cada vez mais destruída e cada vez menos natural; um constante aumento / criação de impostos; enfim, o nivelamento por baixo a alastrar como uma mancha de óleo.

Para além da desconfiança crescente não só com a nossa classe política, mas também com a génese de ser português, e que pode tomar a forma do vizinho do lado ou do colega de trabalho, tem reflexos numa sociedade a longo prazo. A SEDES, no seu relatório pessimista falava dos custos de transacção provenientes desta degradação de confiança nas relações (de trabalho, contratual, de convivência) entre indivíduos. Exemplificava esta degradação com uma maior necessidade por parte dos bancos, das seguradoras, ou outras entidades, de pedir mais garantias bancárias e mais provas do bom nome das pessoas com quem estabelece relações económicas. Por outro lado, quem devia dar em primeiro lugar o exemplo, o Estado, não dá. No domínio fiscal, trata o cidadão não como accionista mas como um simples devedor com quem não tem de se responsabilizar, atitude que se traduz na frase “paga primeiro, discute depois”. Nas finanças públicas, o Estado conforma-se com um défice de 3% do PIB, sobretudo porque sabe que quem vai pagar o aumento da dívida pública são as gerações seguintes. A governação, actualmente, constitui-se com um exercício a 4 anos, preparada e organizada para ganhar eleições a curto-prazo, e não como um dever cívico de longo-prazo, que tem como objectivo prioritário construir um país melhor para as gerações seguintes.

A esperança de um país melhor apenas se sustenta tendo por base pró-actividade e visão.

Reiteramos aqui a mensagem inicial deste blog: Politicamente correcto? Não.


1 Comentários:

Às 5 de março de 2008 às 23:18 , Anonymous Anónimo disse...

Parabéns pelo blogue. Uma referência em termos de qualidade, seriedade e isenção.

Abraço.

Ricardo

 

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